320 motoristas do Piauà perderam a CNH em um ano
08/06/2013 11h47Fonte G1
Nove de julho de 2012, data em que o jornalista Renan Soares perdeu os pais, a irmã de cinco anos e os tios em um grave acidente na BR-343. A tragédia teria sido provocada pelo médico Marcelo Martins que dirigia sob o efeito de álcool.“Doze meses de muita saudade, tristeza e sofrimento. A gente tem lutado realmente para conseguir seguir em frente, mas tem dias que é muito difícil”, afirma.
Em um ano, 320 motoristas no Piauí tiveram a carteira de habilitação recolhida porque cometeram infrações ao volante ou se envolveram em acidentes. Outra dado que chama atenção é que 40% dos condenados a prestação de serviços comunitários tiveram envolvimento com acidentes de trânsito.
O presidente da comissão de trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí, defende mudanças na legislação.
“Existe um projeto de inciativa popular que pede uma mudança em relação ao crime culposo, especificamente em relação a sua pena. Teria uma aumento para cinco ou oito anos, além de outras mudanças também como no caso do consumo do álcool. O que consta no artigo 165, que seria infração administrativa, seria revogado e o consumo de álcool se tornaria um ilícito penal”, explica Humberto Carvalho.
Para fazer cumprir a lei seca e coibir o excesso de velocidade, a Polícia Militar passa a adotar uma nova estratégia a partir de agora. Vai intensificar a fiscalização nos fins de semana, mas durante a madrugada.
“Nós estamos preparando as operações em que irão ocorrer a partir de meia noite até quatro horas da manhã, objetivando não somente a lei seca, mas a condução adequada do veículo e o excesso de velocidade. Às vezes jovens que querem fazer racha em seus veículos levando insegurança para eles e para os que estão tentando se divertir na noite de Teresina”, comenta Major Adriano de Lucena, comandante do Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran).
O médico Marcelo Martins, indiciado pelas mortes dos familiares de Renan, passou 24 dias na prisão. Ele responde por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. As famílias da vítimas não se conformam.
“A gente espera que a pessoas que causou toda essa destruição na nossa família pague e que essa punição sirva de exemplo para outros acidentes não venham a acontecer. Foi com a minha família, mas poderia ser com a de qualquer um”, finaliza.
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