Advogado confirma cárcere privado e diz que crime foi planejado

20/05/2018 07h00


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarAretha Dantas(Imagem:Cidadeverde.com)

O advogado da família da cabeleireira Aretha Dantas, assassinada na última terça-feira (15) em Teresina pelo ex-namorado Paulo Alves Neto, apresentou as provas de que ela foi mantida em cárcere privado três semanas antes do dia do crime. Para Marcos Vinícius Nogueira, este é um fato que revela que o acusado estava planejando toda a ação que culminou na morte da cabeleireira.

Marcus Vinícius Nogueira e a família relataram durante a semana que o cárcere sofrido por Aretha não foi registrado por conta da greve na Polícia Civil e lamentam, porque acreditam que poderiam ter barrado o plano de Paulo Neto. “Lamentamos. Ela foi no dia seguinte ao cárcere à delegacia do Parque Piauí, mas o BO não foi feito por conta da greve”, confirma. “Aretha vivia com muito medo de Paulo, esse é um fato”.

No dia em que ocorreu o cárcere privado, a cabeleireira estava saindo da casa de uma amiga quando foi abordada por Paulo Neto, que provavelmente a seguia. Os relatos da família são de que ele a forçou a entrar no carro e a levou para a sua casa, onde passou o dia inteiro com ela. A abordagem foi por volta das 9 horas da manhã e o ex-namorado só liberou Aretha no final da noite.

Aretha dividiu o ocorrido com o namorado e alguns familiares. Ela voltou para casa assustada e confirmou ao namorado que era o Paulo quem estava enviando mensagens para ele. Nas mensagens, reveladas à polícia já, Paulo dizia para o atual namorado deixar de procurar Aretha porque ela já estava com um relacionamento sério (com ele, Paulo). "Ele chegou a ameaçar o atual namorado de Aretha de morte nestas mensagens", confirmou o advogado.

O advogado Marcos Vinícius é enfático em dizer que todo o crime estava sendo planejado e é essa a sua linha de pensamento. “Ela ficou em cárcere. Ele a abordou na rua porque estava seguindo ela, então cremos que a mesma abordagem ele teve com ela no dia do crime e que tudo estava planejado”, disse.

Nesta próxima semana, o inquérito do crime deve ser concluído porque as investigações seguem de forma acelerada. A delegada Luana Alves, do Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP), revelou durante a semana que as investigações para se elucidar o crime foram rápidas e o advogado também acredita nessa possibilidade.

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