AGU pede que ex-oficial que matou Iarla seja levado para presídio comum

06/11/2017 15h00


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarJosé Ricardo Silva Neto, 22 anos(Imagem:Cidadeverde.com)
 
A Advocacia Geral da União (AGU) ingressou com ação pedindo que o ex-oficial do Exército, José Ricardo Silva Neto, 22 anos, seja transferido para um presídio comum. O ex-militar é acusado pela morte da estudante Iarla Lima Barbosa, 25 anos, que era sua namorada.

A ação foi ingressada pelo advogado da AGU, Francisco de Almeida a pedido do comando do 2º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção).

"Ele não é mais militar e não há motivação para permanecer no 2º BEC e a União não pode mais bancar seus gastos no presídio do Exército",
afirmou Francisco de Almeida.

O Exército Brasileiro expulsou o tenente José Ricardo da Silva Neto em agosto desde ano. A decisão foi tomada após o comando da 10º Região Militar negar o pedido de prorrogação do serviço militar do tenente que ingressou nas Forças Armadas em agosto de 2014.

José Ricardo era segundo tenente do 2° Batalhão de Engenharia de Construção. Com a revogação do pedido de prorrogação de serviço militar, o suspeito do feminicídio de Iarla perde a patente de oficial do Exercito Brasileiro e se torna civil.

Reintegração

Francisco de Almeida informou que o ex-oficial ajuizou ação pedindo a reintegração de cargo público na justiça federal. Ele quer anular a decisão do 2º BEC e voltar a receber salário.

Audiência

O juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Antônio Reis de Jesus Noleto, marcou para o dia 22 de novembro de 2017 a audiência de instrução e julgamento do caso da estudante Iarla, que foi morta em 19 de junho deste ano. O crime da Iarla chocou o Estado. Ela foi assassinada ao sair de uma casa de show, na avenida Nossa Senhora de Fátima, zona Leste de Teresina, acompanhado do namorado, o ex-militar José Ricardo Silva Neto. Ele atirou em Iarla na irmã da estudante e uma amiga da vítima, que conseguiram fugir dos disparos. O ex-militar responde pelo crime de Feminicídio.