Alunos são levados para escola em carrocerias e pais denunciam
26/08/2016 09h13Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução//G1 PIPais relatam que durante o trajeto um aluno se machucou ao cair do carro.
Os pais de estudantes da zona rural de São Miguel do Tapuio, cidade localizada a 227 km ao Norte de Teresina, denunciaram a precariedade de veículos escolares que fazem o transporte das crianças. No trajeto, que dura pouco mais de uma hora, os estudantes viajam em carrocerias de caminhonetes sem cinto de segurança e sentados em bancos improvisados e muitas vezes no assoalho do veículo. O G1 tentou falar com a secretaria de educação e com o prefeito do município, mas as ligações não foram atendidas.
O vídeo foi gravado nesta quinta-feira (25) por pais de estudantes do povoado Jenipapeiro e mostra como é feito o transporte. Nas imagens é possível ver vários alunos sentados em tábuas de madeira em cima da carroceria de uma caminhonete e duas crianças com farda escolar subindo no veículo que logo em seguida deixa o local.
Segundo Izabel Campelo Lacerda, aposentada de 74 anos e mãe de um dos alunos que aparece nas imagens, um amigo de seu filho já se desequilibrou e caiu do carro que aparece na imagem. “É uma falta de respeito com as crianças. O risco de acidente que eles correm é grande e tenho medo do motorista frear e mais uma criança cair. Isso já aconteceu com o amigo do meu filho. O menino de oito anos chegou a cair do carro e feriu o joelho. Eu acho um absurdo porque não deveria ser assim, é falta de respeito com o ser humano. Preocupa muito”, afirmou.
Outro que criticou a forma de transporte dos estudantes foi o agricultor Mauro Lacerda que também é pai de um dos alunos. De acordo com o homem, o transporte já está sendo feito há pelo menos 15 dias, quando o ônibus escolar quebrou. “Antes os alunos eram transportados em um ônibus, mas esse carro quebrou e os alunos começaram a andar na carroceria de caminhonetes. Fico preocupado com a situação e quero que tomem uma providência”, reclamou.
Até às 16h40 desta quinta-feira (25) o G1 tentou falar por telefone com o prefeito do município e com a secretaria municipal de educação, mas as ligações não foram atendidas.
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