Alunos vão ter aulas aos sábados para compensar greve dos professores
22/03/2016 08h26Fonte G1 PI
Imagem: Gustavo Almeida/G1Secretaria de Educação do Piauí
Com o fim da greve dos professores da rede pública estadual, que durou 36 dias, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) divulgou nesta segunda-feira (21) novo calendário escolar que prevê aulas aos sábados até o fim do ano. A medida foi necessária para repor as aulas perdidas durante os dias de paralisação.
Os professores da rede estadual de ensino do Piauí encerraram nesta segunda-feira uma greve que durou quase 40 dias. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinte), Odeni Silva, os docentes devem retornar às salas de aula imediatamente.
Para a secretária de educação do Piauí, Rejane Dias, as aulas aos sábados vão garantir o cumprimento do ano letivo. "O cronograma deverá assegurar que cada período de compensação viabilize o efetivo cumprimento das atividades programadas de acordo com cada escola, que deverá garantir o cumprimento dos 200 dias previstos em lei para fechar o ano letivo", disse.
Segundo a Seduc, os alunos terão aulas aos sábado durante os meses de março e maio, sendo 15 sábados no total. Já no segundo semestre, as aulas ocorrerão entre os meses de agosto e dezembro, totalizando 18 sábados.
O reinício das aulas está marcado esta terça-feira (22). As escolas deverão comunicar aos alunos e aos pais sobre as reposições dos dias letivos.
As Gerências Regionais de Educação deverão orientar as escolas quanto a adequação e aplicação do calendário de reposição das aulas. As atividades escolares serão consideradas letivas, desde que tenham comprovado registro escolar, podendo ser utilizados o contra turno, as semanas de recesso do mês de julho e dezembro.
Imagem: Gustavo Almeida/G1Professores decidiram voltar às aulas imediatamente.
Entenda o caso
Os trabalhadores de educação entraram de greve no dia 15 de fevereiro, data marcada para o início do ano letivo. A principal reivindicação da categoria, segundo o Sindicato, era o cumprimento do pagamento do piso salarial dos professores a nível nacional e um reajuste de 11,36% pagos em apenas uma parcela.
Na época, o governador Wellington Dias afirmou não negociar com nenhum grevista e ameaçou cortar os pontos daqueles que não voltassem a trabalhar. No dia 2 de março, o governo do estado concedeu o reajuste apenas para os professores que estivessem trabalhando.
A falta de acordo foi parar na justiça, que determinou através de liminar que 70% da categoria retornasse no prazo de 48h as suas atividades e multa no valor de R$ 100 mil por dia, caso a decisão fosse descumprida.
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