Amapi pede apoio à bancada do Nordeste contra extinção de zonas eleitorais

17/06/2017 08h16


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarThiago Brandão de Almeida e deputado federal Júlio César.(Imagem:Cidadeverde.com)Thiago Brandão e deputado federal Júlio César.

O presidente da Associação dos Magistrados Piauienses (Amapi), Thiago Brandão de Almeida, se reuniu com o coordenador da bancada federal do Nordeste na Câmara, deputado federal Júlio César, na sexta-feira (16), para solicitar o apoio dos parlamentares contra as Resoluções 23422/2014 e 23520/2017, do Tribunal Superior Eleitoral, que propõem uma redução de zonas eleitorais em todo país.

De acordo com as Resoluções, nas capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores, apenas as Zonas Eleitorais com no mínimo 70 mil eleitores devem permanecer. Nos demais municípios o quantitativo mínimo irá depender da densidade demográfica de cada região e não seria mais admitido cartório com menos de 17 mil eleitores na região Nordeste, por exemplo. Com isso, o Piauí poderá perder cerca de 35 zonas eleitorais, das 98 que possui atualmente.

Thiago Brandão de Almeida afirma que a redução das zonas representa um retrocesso para a Justiça e para o Sistema Eleitoral Brasileiro, podendo até comprometer a excelência do trabalho realizado durante as eleições.

"Nós entendemos que essa medida que visa reduzir o número das zonas eleitorais no país inteiro vem como um grande retrocesso nesse padrão histórico que a Justiça Eleitoral construiu de muitas conquistas e de capilaridade, ou seja, chegar perto do eleitor, do cidadão, daqueles que fazem o processo eleitoral. Podemos dizer que essa redução pode comprometer significativamente a excelência do trabalho"
, diz.

O deputado federal Julio César se mostrou contrário à medida do TSE e se comprometeu em mobilizar a bancada federal em apoio ao pleito dos magistrados. "Como coordenador da bancada do Nordeste, estamos convocando todos os deputados para uma reunião com a Associação dos Magistrados Brasileiros, previamente marcada para o dia 16 de agosto, na Câmara Federal, e fazer uma grande mobilização contra essa decisão. Em seguida vamos nos dirigir, pelo menos os coordenadores, ao presidente do TSE, demonstrando nossa insatisfação e os nossos argumentos de inviabilidade dessa decisão, que visa economizar recursos, mas, na avaliação do próprio TSE, vai representar uma economia de menos de 1%", ressalta.