Amostras de DNA de bebê estuprado no PI podem identificar suspeitos
09/08/2016 08h30Fonte G1 PI
Imagem: Robério Mendes/Rádio ImperialMenina foi encontrada sem roupa e com vários hematomas.
A Polícia Civil do Piauí tenta identificar os suspeitos de envolvimento no estupro contra uma bebê de 1 ano e 3 meses em Pedro II, Norte do Piauí. Para ajudar na identificação, o conselheiro tutelar Francisco Santos informou que foi colhido material genético presente no corpo da criança e que as amostras foram enviadas para análise no estado de Minas Gerais.
“O laudo deve apontar se o material genético é de uma ou mais pessoas e, a partir disso, um exame de DNA deve ser feito caso alguém seja detido. Caso não, o material ficará armazenado em um banco de dados”, disse.
A bebê foi encontrada em um matagal com sinais de violência sexual por volta das 7h40 do domingo (7). O local fica a uns 500 metros da casa da avó, onde dormia quando foi levada do quarto ainda na madrugada. A bebê ficou sob os cuidados da avó materna e uma tia após a mãe sair para uma festa. Por volta das 2h, a tia acordou para amamentar a filha e percebeu que a sobrinha não estava mais na cama.
Segundo a delegada que investiga o caso, Camila Miranda, mais de 15 pessoas serão ouvidas, entre elas alguns familiares e pessoas que estavam em um bar próximo ao local onde a criança foi encontrada. “Esses depoimentos serão importantes para a elucidação do crime. Muitas pessoas serão ouvidas. Já ouvimos alguns familiares e pessoas que estavam em um bar. Nossa investigação está avançando, mas não podemos afirmar nada ainda”, contou.
Além do material genético, a polícia também irá solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico da tia da menina, que recebeu uma ligação de um número oculto horas antes da sobrinha ser encontrada. Conforme Camila Miranda, a pessoa informou o local onde a vítima estava.
Além da violência sexual, a menina foi agredida e os médicos relataram que havia hematomas na boca, próximo ao olho e no pescoço. A vítima teve que ser transferida para Teresina e foi submetida a exames que comprovaram o estupro. Além disso, foi necessária uma cirurgia para reconstrução da vagina da bebê.
Segundo a coordenadora do Serviço de Atenção a Mulheres Vítimas de Violência Sexual (Sanvis) Sanvis, Maria Castelo Branco, durante o atendimento a equipe também constatou que o agressor tentou cometer o estupro anal.
“A vítima estava com a área genital dilacerada. Ela chegou ao hospital com um quadro muito delicado, passou por uma cirurgia de reconstrução do órgão genital, está em observação e passa bem", disse a médica.
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