Após 20 anos, inicia julgamento de acusado de matar prefeito eleito em Aroazes
27/01/2017 13h25Fonte Cidadeverde.com
Pouco antes do início da audiência de instrução e julgamento, na manhã desta sexta-feira (27), houve um princípio de tumulto entre a família do prefeito eleito Manoel Portela, assassinado em 1996, e a defesa do acusado de matá-lo, Cícero Branco. O juiz Antônio Noleto, que preside a audiência, acionou a polícia e ameaçou a todos de prisão.Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliar
A confusão teve início com a entrada do advogado de defesa, Tiago Vale, que é sobrinho do mandante de matar o prefeito eleito em Aroazes, Bernardone Vale, que foi condenado no ano de 2010 a 13 anos de reclusão.
A família da vítima se mostrou revoltada com a situação e foi necessária a intervenção do juiz. Por pouco não houve agressão física entre as partes.
O promotor Regis Marinho é o responsável pela acusação. Segundo ele, a argumentação do Ministério Público está baseada na investigação, que ele considera “muito bem feita”. O responsável pela apuração do caso foi o delegado Francisco Costa Baretta, que hoje presta depoimento como testemunha.
Além de Cícero, está sendo julgado o homem identificado como Clemilton. Ele é suspeito de atuar como motorista no dia do crime, ajudando Cícero na fuga.
A morte do prefeito eleito ocorreu no dia 11 de dezembro de 1996. O crime, segundo as investigações policiais, teve motivação política. Bernadone queria que o irmão - Manoel Vale -, derrotado nas eleições municipais, assumisse a prefeitura no lugar do prefeito eleito, Manoel Portela. O delegado teria pago R$ 50 mil ao suposto executor, Cícero Godoi, conhecido como Cícero Branco.