Após boato de atentado, poucos alunos voltam à escola em Luzilândia

04/08/2014 10h08

Fonte G1 PI

O boato de que um ex-presidiário teria ameaçado invadir escolas para matar alunos e professores continua causando pânico na cidade de Luzilândia, a 234 Km de Teresina. O período letivo que estava previsto para iniciar no dia 14 de julho só começou nesta segunda-feira (4), mas segundo a secretária municipal de educação, Alcionete Pereira, poucos pais mandaram os filhos para as escolas. São sete mil estudantes na rede municipal de ensino.

Imagem: Catarina Costa/G1Clique para ampliarSecretária lamenta situação e pede que alunos voltem para as escolas.

"Os pais ainda continuam com medo de deixar seus filhos na escola e por isso o período letivo iniciou com poucos alunos em sala de aula. Tem professora que está ministrando aula para apenas três alunos em uma sala onde deveriam ter vinte crianças", contou Alcionete Pereira.

Conforme a polícia, o homem que teria feito as ameaças já foi preso por três homicídios, tem mandado em aberto por assaltos e é morador da região. Na tentativa de incentivar os pais a mandarem os filhos para as escolas, a secretaria de educação realizou mobilizações na semana passada.

"Contratamos carro de som para circular pelas ruas pedindo aos pais para não se deixarem levar por esses boatos e mandar as crianças para as escolas. Além disso, estivemos na rádio dando entrevistas tentando convencê-los, mas pelo visto não teve muito efeito nossa mobilização. Contudo, não podemos passar mais dias com as aulas paradas porque já estamos com o período letivo comprometido há mais de 20 dias", lamentou.

Entenda o caso

De acordo com o tenente Edilson Neves, comandante da 3ª companhia do 12º Batalhão da PM de Luzilândia, há pelo menos um mês o boato de que um homem entraria nas escolas para matar os estudantes corre na cidade. No entanto, nenhum boletim de ocorrência por ameaça foi registrado.

“As polícias Civil e Militar do Piauí e Maranhão estão em diligência para tentar recapturar esse homem. A polícia não tem nada de concreto, mas por ele ser uma pessoa de alta periculosidade, os policiais estão atentos porque a região é grande e a cidade faz fronteira com outro estado”, disse o tenente.