Após dois meses, chacina no PI ainda é mistério e família pede Justiça

28/11/2016 07h25


Fonte Cidade Verde

Imagem: DivulgaçãoApós dois meses, chacina no PI ainda é mistério e família pede Justiça.(Imagem:Divulgação)

Em setembro deste ano, mais uma chacina comoveu o Piauí. Após dois meses, o crime ainda não foi elucidado e nenhum suspeito preso. Para a família restam os sentimentos de dor e revolta. As vítimas eram todas da mesma família e foram executadas com tiros na cabeça, na zona rural de Francisco Santos (a 350 km de Teresina).

O patriarca da família perdeu a esposa, dois filhos e um sobrinho e não consegue conter as lágrimas ao relembrar dos entes queridos. No dia da chacina, ele vai saído às 20h30 para ir a um comício e ao retornar para casa, por volta das 22h, encontrou os quatro mortos.

"Eu sou um agricultor, comecei tudo o que eu tenho do zero, com minha família, minha esposa e filhos. Eu tinha três filhos, quer dizer, eu ainda tenho, pois não considero que eles estão mortos. Estão vivos na mente e na alma. Me sinto dolorido e revoltado... choro para desabafar as mágoas",
disse o agricultor Antônio Raimundo da Silva.

Neste fim de semana foi celebrada uma missa em memória dos mortos na Paróquia do Imaculado Coração de Maria, no próprio município. Assim como Antônio Raimundo, outros familiares ainda buscam respostas para tudo o que ocorreu.

"Eu ainda hoje estou em pânico. Porque, eu chegar e me deparar com uma notícia dessas...meus sobrinhos e minha cunhada que eram pessoas com um comportamento excelente. Soube do que tinha ocorrido, altas horas da noite, que tinham tirado a vida dessas pessoas...esse é um momento de muita dor, frustração e sofrimento",
disse José Agnaldo da Silva.

As vítimas da chacina foram identificadas como Fernando Collor da Silva, 26 anos, Francivaldo Antônio da Silva, 24 anos, Maria Teresa Silva, 50 anos, e Anildo Apolinário, 24 anos.

Investigação

As primeiras informações levantadas pela Polícia Civil dão conta que o suspeito de ser o alvo dos atiradores era Anildo Apolinário. Contudo, os primos de Anildo, Fernando Collor e Francivaldo Antônio da Silva também poderiam estar sendo procurados por vingança.

Os três eram recém chegados na cidade. Os dois irmãos tinham chegado havia menos de um mês do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul e o primo estava morando em Jaicós e havia chegado na cidade há poucos dias.

Além dos três, foi morta a mãe de Fernando e Francivaldo, Maria Teresa Silva. Na casa, na localidade Bem-te-vi, zona Rural de Francisco Santos, moravam Maria, três filhos, o marido [Antônio] e o sobrinho - um dos filhos e o esposo não estavam em casa no momento do crime.

Anildo foi morto com quatro tiros e, os demais, com apenas um disparo.

O caso está sendo investigado pela Delegacia Regional de Picos. O responsável pelo inquérito resumiu apenas que existem duas linhas de investigação e que não pode repassar detalhes spara não comprometer a apuração dos fatos.

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Tópicos: mortos, casa, chacina