Após Operação Déspota, Redenção do Gurgueia está há 20 dias sem prefeito

04/08/2016 09h45


Fonte Cidade Verde

Imagem: Cidade VerdeDelano Parente, prefeito de Redenção do Gurgueia(Imagem:Cidade Verde)Delano Parente, prefeito de Redenção do Gurgueia

O município de Redenção de Gurgueia, a 691 km ao Sul de Teresina, está sem prefeito desde a prisão do gestor da cidade, Delano Parente (PP). Ele foi detido no dia 14 de julho durante a Operação Déspota, que levou para a cadeia 15 pessoas, sendo 9 apenas de Redenção. O vice deveria ter assumido nesta quarta-feira (3), 20 dias após o afastamento do titular.

"A luta aqui é grande em relação a isso. Estou aguardando ser acionado pela Câmara Municipal. Estamos sem prefeito há 20 dias",
disse o vice-prefeito José Carlos (PV).

Sem comando, o vice-prefeito relata uma situação de caos no município. Segundo ele, o salário dos professores está atrasado. "Aqui ninguém voltou para a sala de aula", disse José Carlos, que se dirigia para uma reunião com o sindicato da categoria.

"Não tem motivo para esta situação, é como se estivessem protelando",
acrescentou o vice-prefeito.

O Cidadeverde.com tentou contato com o presidente da Câmara, Amparo Gil (PSB), e com a assessoria jurídica do prefeito Delano Parente, mas não obteve retorno.

O objetivo da Operação Déspota era desarticular um esquema de corrupção no Sul do Piauí. Segundo o Ministério Público do Estado (MPE), o rombo chega a R$ 17 milhões nos cofres públicos nos últimos três anos. A operação cumpriu 16 mandados de prisões em Teresina, Redenção do Gurgueia, Morro Cabeça no Tempo, Bom Jesus e Avelino Lopes.

As investigações foram desencadeadas pela Promotoria de Justiça de Redenção do Gurgueia, há cerca de sete meses. A partir das denúncias encaminhadas por vereadores do município, o órgão acionou o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO), que por sua vez constatou a existência de fortes indícios de fraude em licitações, com superfaturamento de preços, emissão de notas fiscais frias, utilização de “empresas de fachada” e lavagem de dinheiro.

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