Assaltantes armados fazem "arrastão" em casa de professora da Ufpi
03/12/2018 07h34Fonte CidadeVerde.com
Por volta das 6h do último domingo (2) quatro assaltantes invadiram a casa da professora da Ufpi e ativista dos Direitos Humanos, Lurdinha Nunes. Os criminosos entraram na residência, localizada no bairro Morada do Sol, na zona Leste de Teresina, e fizeram um “arrastão”.
A professora contou que seu filho foi abordado quando tirava o carro da garagem para fazer um concurso público. Neste momento quatro assaltantes entraram na casa e um ficou no veículo. Dois deles estavam armados com revólver e renderam Lurdinha e sua família.
“Entraram na casa, mostraram as armas e levaram quase tudo. Pegaram televisão, celular, meu carro, até minhas alianças. Pediram dinheiro, mas eu disse que só tinha livros. Tenho uma biblioteca com mais de 1000 livros”, conta Lurdinha.
Apesar de estarem armados, Lurdinha afirma que os assaltantes não agiram com agressão física e que um deles, que parecia ser o chefe da quadrilha, falava a todo instante que “não queria violência”. No momento do crime Lurdinha estava em casa com os filhos e o marido. Os bandidos entraram em quatro dos cinco quartos da residência.
"Quando eles entraram eu pedir que mantivessem a calma.Eu tenho a impressão que eles me reconheceram", ascrescenta Lurdinha.
Lurdinha Nunes é um dos expoente em defesa dos Direitos Humanos no Piauí e ex coordenadora do Movimento Nacional de Direitos Humanos. Ela atua também no combate à tortura em presídios do Estado. A professora afirma não se importar com críticas de gente de "mente vazia" que lhe ataca dizendo que ela foi vítima de "bandidos que tanto defende".
Lurdinha ressalta que o problema da segurança pública é sistêmico e culpa falta de investimentos em educação para que casos com estes continuem acontecendo.
"Minha pauta ainda é educação. Eu continuo achando que o grande problema do Piauí é o tráfico de drogas. Prender de porta em porta não vai resolver. É necessária uma estruturação da segurança pública. As polícias estão sucateadas. Eu sou solidária aos policiais, promotores, juizes, defesores públicos que trabalham em péssimas condições. Eu acionei a PM, mas eles só chegaram na minha casa 1 hora depois do assalto porque estavam em outra ocorrência. O problema é bem maior, é social e falta investimento do governo. Eu vou continuar defendendo os Direitos Humanos. Essa sempre será minha pauta", ponderou.
O carro roubado de Lurdinha é um fiat Mob placa PI 8170, de cor vermelha. O caso foi denunciado à Polinter.
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