Assessores da FETAG-PI e agricultoras escrevem capítulo do Livro "Agroecologia no Piauí"

29/03/2023 12h45

Fonte FETAG-PI

Um material riquíssimo, sobre a ciência dos ecossistemas produtivos piauienses, será lançado no dia 5 de abril. Trata-se do livro "A Agroecologia no Piauí- trilhas e tramas para o bem viver”. Os Assessores da FETAG-PI, Adriana Cavalcanti e Genival Araújo com apoio de duas agricultoras rurais, escreveram um capítulo do livro que também trará outros escritos.

A equipe composta por: Adriana Cavalcanti é socióloga, educadora popular da FETAG-PI, especialista em meio ambiente, Genival Araújo é Licenciado em Educação do Campo, educador popular e assessor de meio ambiente da FETAG-PI e as agricultoras rurais e guardiãs de sementes, Maria Francisca Gomes, da comunidade Formas, em Picos e Marleide Pereira da comunidade Sítio Santo Antônio, em Lagoa do Sítio-PI, atuaram na produção do artigo, intitulado “Agroecologia, uma pauta pulsante no movimento sindical de trabalhadores /as rurais, no estado do Piauí”.

As pesquisas tiveram início com convite feito pela Professora Valéria Silva, da Universidade Federal do Piauí (UFPI). “O livro em si traz esse resgate histórico de como foi se construindo, pautando na FETAG-PI, no movimento sindical, nos seus espaços de formação, de lutas a Agroecologia como uma bandeira prioritária na defesa da Terra e da Água do saber das pessoas. A Agroecologia é isso: ciência, movimento, resistência”, definiu Adriana Cavalcanti.

A publicação tem como organização, Valéria Silva, Cristiano Carneiro, Camila Calado e Lila Luz. Para Adriana, a temática liga o meio ambiente ao repositório da memória, cunho social, aos relatos das trabalhadoras rurais.

“O livro é um processo de aprendizagem e partilha de saberes pela educação popular e pelo movimento agroecológico no Piauí”, afirmou.

“Ser guardiã de sementes crioulas e também da agroecologia é colher bons frutos agroecológicos, doces, bonitos”, conta a Agricultora rural e guardiãs de sementes, Marleide Pereira da comunidade.

“Prazer ter participado do nosso livro que tem a nossa cara da agricultura familiar”, conta a Agricultora rural Maria Francisca Gomes.

Processo criativo

Os estudos sobre a Agroecologia iniciaram na década de 1980 incentivado pelo movimento da Revolução Verde. No Piauí o movimento da Agroecologia nasceu com alguns pesquisadores nas universidades e também com as organizações não governamentais e o movimento sindical que defende a causa.

O Assessor de meio ambiente e convivência com o semiárido da FETAG-PI, Genival Araújo, conta como o ocorreu o processo criativo que culminou com a produção do capítulo.

“Escrevemos esse livro, de fato, com o movimento sindical e a experiência da FETAG-PI para trabalhar a agroecologia nas bases e com as sementes crioulas. Reunimos experiências que comprovam que é possível ter uma produção satisfatória, uma produção agroecológica nas comunidades”, observa.

Adriana Cavalcanti e Genival Araújo ajudaram na produção do livro.

No trabalho, o pesquisador elege o livro como objeto de resgate e afeição para o cuidado das mulheres com as sementes e a preservação do meio ambiente.

“As mulheres que são protagonizadoras da agroecologia, elas que são guardiãs das sementes, que fazem a coleta de seleção e multiplicação por isso que temos a participação de duas agricultoras familiares que estão juntando esse viés da educação popular trazendo essa importância da agroecologia na vida dos agricultores, mas também da sociedade como um todo”, justificou o assessor da FETAG-PI.

Lançamento

O livro intitulado “A Agroecologia no Piauí- trilhas e tramas para o bem viver”, será lançado na quarta-feira (05/04), às 18h30 na Adufpi, localizada na Av. Universitária, nº 391- Bairro Ininga, em Teresina.

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