Bancada piauiense diz que vai recorrer da decisão do TSE
10/04/2013 13h28Fonte G1 PI
A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em alterar a quantidade de deputados federais de 13 estados para as eleições de 2014 repercutiu entre a bancada piauiense que considerou a determinação precipitada. Com a decisão do TSE, o Piauí perde dois dos seus 10 representantes na Câmara Federal.O novo cálculo foi feito com base nos dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, a divisão das 513 cadeiras da Câmara tem por base a população dos estados em 1998. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, em 2010 o Piauí tinha 2.263.834 eleitores.
Imagem: DivulgaçãoDeputado Jesus Rodrigues (PT) disse que há desproporcionalidade nos cálculos do TSE.
Para o deputado federal Jesus Rodrigues (PT) há desproporcionalidade nos cálculos. “Há uma grande intromissão do poder judiciário no legislativo. Nós ficamos equiparados a estados que não têm 500 mil eleitores. Com a decisão nós perderemos 20% da força na bancada federal. É uma perda significativa. Nós estamos na luta pela manutenção da representatividade e que essa seja uma decisão do congresso e não do judiciário”, disse.
O deputado federal Júlio Cesar (PSD) disse que a bancada piauiense está confiante de que a decisão do TSE não será mantida. “Essa é uma decisão que cabe recurso e nós vamos entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Ainda nesta quarta-feira faremos uma reunião para discutir a decisão”, disse o parlamentar.
Segundo o governador do Piauí, Wilson Martins, a determinação do Tribunal Superior Eleitoral é lamentável e injusta. “A representatividade do estado vai enfraquecer na Câmara Federal e isso vai exigir mais dos deputados”, disse.
Para Martins, é necessária uma discussão mais ampla sobre o assunto. “A decisão foi precipitada porque não foi amadurecida. O Piauí possui mais eleitores que habitantes, e isso é o que levamos em consideração. Quem elege o político é o eleitor, ele é quem tem o poder”, afirmou.
Wilson Martins revelou que vai avaliar a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). “Com certeza algum outro estado que também foi prejudicado vai se pronunciar. Estamos em conversa com alguns representantes políticos e vamos decidir se recorremos da decisão”, comentou.
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