Bando que explodiu banco no Sul do Piauà é suspeito de mais oito assaltos
19/05/2016 07h20Fonte G1 PI
Imagem: Catarina Costa/G1Políciai Civil apreende armas de grosso calibre e munições.
A quadrilha envolvida na explosão do Banco do Brasil de Curimatá, Sul do Piauí, é investigada por mais oito assaltos a agências bancárias e carros-forte no estado da Bahia. Segundo o comandante de policiamento metropolitano área 2, coronel Paulo de Tarso, alguns integrantes do grupo são da mesma família e agem com apoio de moradores das cidades alvos.
Na ação de Curimatá agiram 14 pessoas, sendo que cinco foram mortos durante confrontos policiais, seis estão presos, e três continuam foragidos, entre eles um pré-candidato a vereador de Avelino Lopes. Os suspeitos pegos na operação serão encaminhados para a penitenciária de Bom Jesus.
"Muitos membros são da Bahia e Pernambuco, que vieram ao estado somente para executar o assalto. No entanto, os piauienses foram os responsáveis por planejar o crime, dar apoio logístico, informar sobre o dia de abastecimento da agência e levantar rota de fuga para o grupo", revelou o comandante.
Ainda de acordo com o Paulo de Tarso, a quadrilha tem experiência de fuga pela mata, tem especialistas em armamentos e explosivos, motoristas experientes em rota de fuga, além de pessoas treinadas para atirar na polícia e outras para amendrontar a população.
"Os integrantes são membros da família Araquan de Pernambuco, que tem bastante experiência em assaltos a bancos e a ação criminosa é repassada às demais gerações. Os suspeitos da ação de Curimatá denominam-se o Novo Cangaço, justamente por serem da nova geração e eles só assaltam as cidades do interior porque tem a participação ativa de moradores, que conhecem a região", comentou Paulo de Tarso.
Equipes das polícias militar e civil continuam nas buscas no Sul do Piauí, na tentativa de prender os três suspeitos foragidos. Eles foram vistos pela última vez na sexta-feira (13), quando fizeram trabalhores e proprietários de uma fazenda refém por 4h, para pegarem alimentos e água.
Investigação
Durante a operação, a polícia conseguiu apreender parte do dinheiro roubado, já que outra parte encontra-se com os três suspeitos foragidos. Armas de alto poder destrutivo, coletes, munições de diversos calibres e máscaras de gás foram encontrados.
O delegado Gustavo Jung, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), contou que pessoas chegaram a enviar mensagens intimidando a ação policial e após investigação conseguiu identificar que elas foram enviadas por pessoas ligadas ao grupo.
"Sabemos que algumas pessoas são familiares dos integrantes da quadrilha. Vamos investigar a participação delas nos assaltos antes de acionar a Justiça", comentou Gustavo Jung.
A tentativa de assalto ao banco aconteceu no dia 5 de maio, quando oito homens fortemente armados com fuzis explodiram a agência. Durante a ação criminosa, um homem acabou sendo morto em troca de tiros com os policiais. Outros dois confrontos, que aconteceu no dia 9 e 13, mais quatro criminosos foram mortos.
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