Briga por causa de choro de criança: o que se sabe sobre a discussão que acabou em tiros e mortes

01/08/2022 09h45

Fonte G1 PI

Uma discussão em família, que teria sido motivada por conta de choro de um menino de quatro anos, deixou dois homens mortos e uma mulher gravemente ferida na Zona Sul de Teresina, no dia 30 de julho.

A polícia civil ainda apura o que, de fato, gerou a discussão e qual a dinâmica do caso. Na casa da família, três armas foram apreendidas.

Veja abaixo o que se sabe sobre o caso ocorrido no bairro São Pedro, Zona Sul de Teresina:

Quem são as vítimas?
Quem são os suspeitos?
O que motivou a discussão?
Como vivia a família?
De quem era a arma?

Quem são as vítimas?

Daniel Flauberth Gomes Nunes Leal, de 38 anos e o cunhado Felipe Holanda, 37, morreram vítimas de tiros. Eles entraram em luta corporal durante discussão na manhã de sábado (30) enquanto Daniel estava armado.

Daniel foi atingido na cabeça e já saiu do local dos tiros, a casa onde moravam, desacordado. Horas depois, faleceu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).

Felipe foi atingido na virilha e, devido à gravidade do ferimento, que causou intenso sangramento, também não resistiu e morreu horas depois no HUT.

Uma mulher identificada como Juliana, que é casada com um irmão de Felipe, continua internada em estado grave no HUT. Ela foi baleada do lado de fora da casa, por um tiro que transfixou uma das portas da residência.

Quem são os suspeitos?

A autoria dos disparos ainda é desconhecida. Daniel é proprietário de três armas que estavam na casa, segundo a polícia.

No momento da luta corporal, Daniel estava com uma das armas e ele e Felipe começaram a se agredir fisicamente, momento em que a arma disparou.

Daniel foi atingido na cabeça e Felipe na virilha. Os dois morreram. Juliana foi atingida na cabeça e continua internada.

O que teria motivado a discussão?

Segundo o delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no dia dos tiros a família teria informado que a discussão iniciou porque Daniel teria ficado irritado com o choro constante do filho de Felipe, um menino de cinco anos que faz parte do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

O delegado Francisco Costa, o Barêtta, coordenador do DHPP, informou que o motivo da briga ainda está sob investigação.

"Todo ser humano é um homicida em potencial, basta a oportunidade. Essas duas pessoas esclarecidas entraram em uma contenda e dois vieram a óbito. Devia haver já um ranço entre as duas. O choro de uma criança autista levar a tudo isso, não acredito. Mas a investigação é que vai dizer. O inquérito policial instaurado para explicar como foi a dinâmica do crime", disse o delegado.

Como vivia a família?

No local, um terreno onde há um pequeno prédio com apartamentos e uma casa, viviam três famílias: Felipe e a esposa, Daniel e a esposa (irmã de Felipe) e os pais de Felipe e sua irmã.

Juliana, a mulher baleada que continua internada, era casada com o irmão de Felipe e estava na casa no momento da discussão. Não se sabe ainda se ela morava com o marido no mesmo imóvel.

De quem era a arma?

Daniel, segundo delegado Danúbio Dias, tinha registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e tinha três armas de fogo em casa, que foram apreendidas.

Segundo ele, apenas uma foi utilizada no momento da discussão.

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