Caminhoneiro piauiense que morreu após queda de ponte entre MA e TO é sepultado no PI
25/12/2024 13h08Fonte G1 PI
Imagem: Reprodução/Mikaella RamosKecio Francisco dos Santos Lopes morreu após queda de ponte entre MA e TO e foi sepultado no PI.
O corpo do caminhoneiro Kecio Francisco dos Santos Lopes, de 42 anos, foi sepultado na manhã desta quarta-feira (25), por volta das 8h, no cemitério de Demerval Lobão, a 34km de Teresina. Devido ao estado avançado de decomposição, o velório ocorreu em menos de duas horas na casa de seus pais.
Kecio Lopes foi uma das vítimas do rompimento da Ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO) , no domingo (22). Ele deixou esposa e uma filha de seis anos de idade. O corpo dele foi encontrado na manhã da terça-feira (24) pelo Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins e identificado por familiares.
Natural de Demerval Lobão, no Piauí, Kecio estava entre os desaparecidos após o rompimento da Ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, que liga Estreito (MA) a Aguiarnópolis (TO). O acidente aconteceu no domingo (22), por volta das 14h50. A Prefeitura de Demerval Lobão emitiu uma nota de pesar, lamentando o ocorrido (Leia abaixo).
Kecio estava conduzindo uma carreta que transportava defensivos agrícolas no momento do desabamento. Segundo familiares, o rastreador do caminhão perdeu sinal logo após o acidente, confirmando que o veículo caiu no rio. Os documentos dele já tinham sido encontrados. Ele deixa esposa e uma filha de seis anos de idade.
Segundo a jornalista Mikaela Ramos, prima do motorista, a família perdeu contato com ele por volta das 14h30 de domingo.
“A gente sabe que ele estava em deslocamento para o Tocantins, fazendo a travessia da ponte. A empresa que ele trabalha ligou para nossa família ontem [segunda-feira] à noite, lá em Demerval Lobão, onde o Kecio mora com a família. Eles disseram para enviar alguém da família para a cidade de Estreito, no Maranhão, porque viram a imagem da carreta que ele conduzia através de uma câmera de segurança, passando pela ponte cerca de dois minutos antes da queda”, declarou.
A familiar também falou sobre a dor da família e a tragédia que, segundo ela, poderia ter sido evitada.
“A dor e a angústia desse momento não podem ser descritas em palavras. Dói pela situação e dói em saber que foi, sim, um acidente, foi, sim, uma tragédia, mas é fato que foi uma tragédia que poderia ter sido evitada se essa negligência não tivesse se estendido por tantos anos. A ponte visivelmente precisava de reparos urgentes, mas isso não foi feito e agora o que resta são as dores das famílias”, pontuou.
As buscas pelos desaparecidos foram retomadas na manhã terça-feira (24) pela Marinha. Devido à contaminação do Rio Tocantins por produtos tóxicos transportados pelas carretas, as operações estão sendo realizadas apenas com botes.
Pelo menos oito veículos caíram no rio. Amostras de água foram recolhidas por órgãos ambientais e a Marinha auxilia nas buscas. O Ministério Público Federal (MPF) investiga os danos ambientais causados pelo desastre.
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