Capitão da PM premeditou assassinato de Camilla Abreu, garante delegado

28/11/2017 08h28

Da redação do FlorianoNews redacao@florianonews.com


Imagem: Arquivo pessoalClique para ampliarCamilla ao lado do capitão em um bar momentos antes de ser assassinada.(Imagem:Arquivo pessoal)Camilla ao lado do capitão em um bar momentos antes de ser assassinada.

O inquérito sobre a morte da estudante Camilla Abreu deve ser concluído nos próximos dias, na mesma semana em que será celebrada a missa de um mês em memória da jovem.

O capitão da Polícia Militar do Piauí, Alisson Wattson, era namorado da vítima e confessou a autoria do crime. Para o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta, o assassinato foi premeditado.

"A premeditação está explícita no inquérito policial. O autor demonstrou isso na fase de execução. A premeditação não está aparente, está totalmente desenhada dentro do inquérito", disse Baretta. Após ser morta, o corpo da jovem foi jogado em um matagal na zona Sudeste de Teresina.

Para embasar o inquérito policial foram ouvidas cerca de 60 testemunhas. Os laudos periciais confeccionados pelo Instituto de Criminalística do Piauí também serão anexados nos autos.

"Reconstruímos todo o fato criminoso, revelamos toda a conduta criminosa praticada pelo autor do crime em busca da verdade real. Temos indícios robustos de que o capitão praticou homicídio doloso qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual",
declarou Baretta.

O coordenador da Delegacia de Homicídios frisa que entre as provas colhidas há depoimentos de testemunhas que revelam que Camilla Abreu "pedia socorro" há pelo menos seis meses.

"Testemunhas disseram que ela, praticamente, pedia socorro porque queria se desvencilhar do autor do crime, pois ele era um indivíduo que sentia ciúmes doentio. Ela já havia sido aconselhada a procurar o comando da PM e a delegacia de polícia por que ele não largava ela", acrescenta o delegado ressaltando ainda que o capitão Alisson Wattson é extremamente frio e que submeteu a namorada a intenso sofrimento físico e mental antes de matá-la.

"Ela tinha marcas de agressões nas pernas e barriga. O laudo cadavérico está alinhado às provas testemunhais. Tudo está harmonizado",
frisa Baretta.

Allisson Wattson permanece preso preventivamente.