Caso TikTok: "É o machismo latente", condenam lÃderes mulheres das PolÃcias
07/09/2020 15h59Fonte Cidadeverde.com
As mulheres militares - investigadas após participarem de desafio do aplicativo TikTok - ganham apoio de lideranças local e nacional. A tenente coronel, Camila Paiva, do Corpo de Bombeiros de Alagoas, que lidera o movimento #somostodasmaria, repudiou a sindicância da PM do Piauí e defendeu que o regimento interno disciplinar da polícia deve ser alterado. A delegada Vilma Alves, primeira mulher a liderar um Distrito no estado, gravou vídeo em apoio as policiais.
Sete militares podem ser punidas pela Polícia Militar do Piauí sob acusação de uso indevido da farda.
A tenente coronel, Camila Paiva, que luta contra crimes de gênero dentro da instituição da PM, vê "discriminação" e "latente machismo" na postura da corporação.
"Elas não cometeram nenhum desvio de conduta. É preciso se discutir até que ponto o Estado e a sociedade devem controlar a vida do servidor. Lógico que o profissional deve ter conduta ilibada, mas muitas vezes, no julgamento há um peso para as mulheres e outro para os homens".
Camila Paiva, 37 anos, é a 1ª mulher oficial do Corpo de Bombeiros de Alagoas e atualmente é presidente da Associação dos Bombeiros do estado. Ela tem 18 anos de corporação e defendeu que o estatuto seja mudado.
"O regimento disciplinar se baseia no Exército, remete a uma época, as regras precisam ser revistas. O estatuto não tem nenhuma previsão legal de punições sobre assédio sexual e moral nas instituições militares", disse Camila Paiva, que já foi vítima de discriminação.
Camila lembra que recentemente um capitão de São Paulo fez uma dançinha em live e não vai responder a sindicância. "Foi uma atitude maravilhosa do capitão, mas porque ele pode dançar e as militares não podem?", questiona a tenente coronel.
Vilma Alves
Inconformada com as críticas as policiais, a delegada mulher do Centro, Vilma Alves, gravou um vídeo de apoio as militares que estão sendo investigadas.
Assista:
A Polícia Militar já divulgou nota e nega atitude discriminatória. A instituição diz que segue normal da corporação.
Veja reportagem da TV Cidade Verde:
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