Chesf vai investir em energia eólica no PI para recuperar nível de barragem

09/01/2017 11h28


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubeBarragem de Boa Esperança(Imagem:Reprodução/TV Clube)Barragem de Boa Esperança

Após a barragem de Boa Esperança atingir nível mais baixo da história no ano passado (5,8%), a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) prevê para 2017 um investimento ainda maior nas fontes alternativas para recuperar os níveis dos reservatórios. No Piauí, a expectativa é que 50% da produção no estado venha da energia eólica.

De acordo com o diretor de operação da Chesf, João Henrique Franklin, o Nordeste vive um período adverso em termo de bacia hidrográfica. A situação mais crítica é na bacia do Rio São Francisco, considerada a maior da região, que desde 2013 vem registrado queda no nível de capcidade e por consequência na geração de energia. A bacia do Parnaíba também segue em baixa.

"A falta de chuvas tem feito com que o Nordeste tenha essa dependência energética de hidroelétrica, que sempre foi muito forte no país. Ano passado tívemos uma situação crítica, o nível do reservatório do Piauí atingiu 5.8% no início de 2016. Por conta disso, nós temos procurado utilizar menos energia hidrelétrica e mais de outras fontes, a exemplo da eólica",
explicou o diretor.

O Piauí iniciou o ano com 130 cidades piauienses em situação de emergência por causa da seca. O último município a ser reconhecida pelo Ministério da Integração foi Coivaras, localizada ao Norte do estado, onde as chuvas irregulares prejudicou a produção agrícola e falta água para os animais.

Para João Henrique Franklin, apesar da previsão de poucas chuvas, a estimativa do nível da barragem de Boa Esperança deve ser melhor do que 2016, quando o reservatório fechou o ano com 30% da capacidade. Segundo ele, os meses de março e abril devem recuperar o nível da barragem e o mínimo previsto é de 15%.

"Este ano estamos com nível de 24% em janeiro, o que mostra 2017 mais favorável na barragem de Boa Esperança. Apesar disso, vamos manter somente a geração de energia de 90 megawalts, 140 a menos da capacidade total. A intenção é apostar na geração eólica e térmica durante o ano para recuperar os níveis dos reservatórios do Nordeste. É uma tendência depender menos da hidroelétrica para superar estes momentos de crise",
declarou.

Produção no Litoral
Ainda tímida, a produção de energia eólica é responsável por apenas 7% da matriz elétrica no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica. O Piauí tem ampliado a sua participação nas energias renováveis. Um exemplo disso é a cidade de Parnaíba, cuja capacidade instalada atualmente atenderia seus mais de 140 mil habitantes, a tornando autossuficiente, caso funcionasse apenas como uma rede local. A produção dos dois parques instalados no município é de 88 megawaltts.

O Parque Eólico Complexo Delta da Ômega Energia, localizado no litoral do estado, está em processo de ampliação. Com o aumento do Delta 1 e Delta 2, os parques, que hoje têm uma capacidade instalada de 70 MW, passam a produzir mais 40 MW.

Atualmente, o complexo possui 36 turbinas eólicas, sendo que cada uma possui 90 metros de altura e gera 2 MW de energia. Para a circulação dos 110 MW, serão implantados de 20 a 25 geradores, que devem entrar em operação até o segundo semestre deste ano.


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Tópicos: barragem, estado, energia