Cinco adolescentes são apreendidos e dois adultos presos por espancamento que causou morte de menino
26/01/2023 09h32Fonte G1 PI
Imagem: ReproduçãoPedro Henrique Ferreira da Silva, de 12 anos, faleceu em Caxias, no Maranhão, dias depois de ser agredido em Miguel Alves, no Piauí.
Cinco adolescentes foram apreendidos e dois adultos presos suspeitos de participação na morte, causada por espancamento, do menino Pedro Henrique Ferreira Silva, de 12 anos. A morte aconteceu em Miguel Alves, dia 10 de janeiro, após o menino esconder da família por dias que sentia dores em consequência das lesões que sofreu.
As prisões e apreensões aconteceram na localidade Porto do Designo, zona rural de Miguel Alves, e na região da Santa Maria da Codipi, em Teresina. As prisões aconteceram mediante cumprimento de mandados, sendo dois de prisão e cinco de internação provisória.
Segundo a polícia, o menino jogava bola com colegas quando se iniciou uma discussão entre dois deles e Pedro Henrique. Logo ele começou a ser a agredido a chutes na região das pernas e no tórax por essas duas pessoas. Em seguida, outros indivíduos teriam se juntado aos dois e continuaram a agredir Pedro Henrique.
Laudo comprovou morte por espancamento
A declaração de óbito apontou que o menino morreu em decorrência de fraturas no tórax. O documento, obtido pela TV Clube nesta sexta-feira (13), mostrou que as lesões foram decorrentes de espancamento. A Polícia Civil de Miguel Alves identificou suspeitos e segue investigando o crime.
Pedro Henrique foi agredido no dia 2 de janeiro em Miguel Alves e morreu na terça-feira (10), no Hospital Regional de Caxias, no Maranhão, onde estava internado. O menino chegou a esconder da família que sentia dores em consequência das agressões que sofreu.
Em entrevista à TV Clube, o padrasto Raimundo Silva, relembrou os últimos dias de vida de Pedro Henrique.
"Ele não demonstrou que vinha machucado. Quando deu 1h da manhã de segunda (2) pra terça (3), meu cunhado chegou da casa da namorada e achou ele se maldizendo de dor no joelho. Minha mulher foi dar remédio pra ele e perguntou o que ele tinha, mas ele não falava. Ficou escondendo a agressão. Não contava pra gente o motivo, o porquê e quem foi", contou.
Segundo o padrasto, o menino apenas falou das agressões aos pais quando foi internado em um hospital em Coelho Neto, no Maranhão.
"Deu quinta-feira, ele chorando e o joelho bastante inchado da pancada que deram. Não comia mais nada, pedia água e suava. Eu tenho certeza que ele foi ameaçado, porque não queria contar nada pra gente, com medo. Aí a mãe dele ligou pra mãe dela, minha sogra, vir pegar ele e levar pro hospital", contou.
"Bateram o Raio-X do joelho dele, a mulher falou que tinha sido só uma torção e mandou de volta pra casa", concluiu.
Depois as dores se intensificaram e Pedro Henrique foi levado ao Hospital Regional de Caxias. Após o falecimento, o caso foi comunicado à Polícia Civil. Alguns suspeitos do crime já foram identificados.
"Eu fui pra delegacia pra registrar o BO (boletim de ocorrência) por causa do falecimento. Conversei com o delegado, ele falou que pode demorar um pouquinho porque vão chamar os responsáveis da agressão. A gente tá esperando ele chamar nós (sic) pra conversar, pra dizer quem eram as pessoas, os nomes. A gente tá aqui na luta, quer saber o motivo, por que esses meninos fizeram essa brutalidade com o Pedro", disse o padrasto.
"Não se faz com um ser humano uma coisa dessas, um menino, que não fazia nada com ninguém. É marginal a pessoa que faz isso com uma criança de 12 anos, alegre [...] ajudava a mãe dele a botar água, lavar louça, olhar os meninos", concluiu emocionado.
Pedro Henrique morava com a mãe, o padrasto e os dois irmãos menores na localidade Porto do Designo, na zona rural de Miguel Alves. Ele é natural de Coelho Neto e mudou-se com a mãe, para morar com o padrasto na localidade.
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