Com 290% de aumento, força-tarefa é montada para reduzir queimadas no PiauÃ
13/07/2019 11h56Fonte Cidadeverde.com
Imagem: Jose Cruz/Agência Brasil
Aumentou em 290% os chamados para combater focos de incêndio, entre os meses de maio a junho de 2019, quando as temperaturas começaram a aumentar no Piauí, após as chuvas.
Os dados apontam que os registros passaram de 10 para 39 ocorrências de incêndio em vegetação, atendidas pelo Corpo de Bombeiros do Piauí, nos meses de maio e junho deste ano, respectivamente.
Esse aumento significativo também foi constatado no ano passado: em maio de 2018 foram registrados seis ocorrência de incêndio em vegetação, aumentando para 27 no mês de junho. Em julho do ano passado, os bombeiros atenderam 54 ocorrências. O ápice ocorreu no mês de setembro com 114 incêndios em vegetação. Ao todo, no ano de 2018, foram 390 ocorrências desse tipo.
A major Najra Nunes, do Corpo de Bombeiros do Piauí, relatou que as guarnições de Teresina, Picos, Floriano e Parnaíba já iniciaram palestras e campanhas para alertar a população para os riscos de queimadas.
A major ressaltou que qualquer pessoa pode ser presa em flagrante ao ater fogo na mata sem autorização. "Ela pode sim responder criminalmente porque realizar queimada quando não autorizada pelo órgãos competentes é crime", disse. O crime pode ser agravado se atingir a residência de alguém e gerar mortes, seja de pessoas ou animais, por exemplo.
A promotora de Justiça Gianny Vieira, do Ministério Público do Piauí, destacou que a campanha Corta-Fogo deste ano deverá ser lançada neste mês de julho. Vieira explicou que reuniões entre os órgãos já foram iniciadas para traçar planos e estratégias.
Neste ano, segundo a promotora, ressaltou que uma nova metodologia será traçada para atrair ainda mais os moradores, para que eles evitem atear fogo na mata, e esse será um dos focos principais este ano: envolver ainda mais a comunidade.
A promotora citou, como uma das estratégias a ser usada neste ano, o pedido de ajuda às entidades religiosas para ampliar a participação da sociedade civil nesse combate.
"Com base no ano passado, o que nós podemos para este B-r-o-bró é um aumento significativo quanto as temperaturas, mas com a diminuição dos focos de incêndios que foram verificados no ano passado. Nós já observamos que estamos no começo de julho e já começaram os incêndios. Ano passado, sentimos que faltou mais engajamento das pessoas, e queremos melhor isso. Mais do que combater o incêndio nós queremos trabalhar a prevenção", relatou.
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