Com professores parados, municÃpio não conclui ano letivo de 2015 no PI
19/01/2016 15h19Fonte G1 PI
Os estudantes da rede municipal de ensino da cidade de Fartura do Piauí, a 568 km de Teresina, ainda não sabem quando vão concluir o ano letivo de 2015. A incerteza ocorre porque desde o dia 15 de dezembro os professores decidiram cruzar os braços e não voltaram às salas de aula. Na ocasião, os trabalhadores cobravam o pagamento de salários atrasados.O período letivo de 2015 nas escolas da rede municipal de Fartura do Piauí já iniciou atrasado e ainda enfrentou impasses entre servidores e administração ao longo do ano. Por conta disso, só deveria ser concluído no dia 30 de dezembro para poder cumprir a carga horária exigida pelo Ministério da Educação.
Imagem: Júnior BragaUnidade Cândido Fernandes Braga não concluiu ano letivo de 2015.
De acordo com o professor e presidente da Câmara de Fartura do Piauí, Isaías Neves, os servidores pararam em dezembro porque não haviam recebido o salário de novembro e nem a parcela do 13º. Devido à situação, ele diz que alguns pais estão matriculando os filhos em cidades vizinhas.
"Alguns pais de alunos que moram na divisa com as cidades vizinhas estão matriculando os filhos nessas outras cidades. Isso representa uma perda de recursos da educação para Fartura. A secretária de educação até chamou os professores para terminarem o ano letivo, mas não garantiu o pagamento atrasado", disse.
A professora e mãe de aluno Obdália Ribeiro do Nascimento vive os dois lados da moeda e conta que a situação está preocupando bastante os pais de aluno. Segundo ela, os professores só voltarão às salas de aula após o pagamento de dezembro e do 13º forem efetuados.
"Os pais estão aguardando e os professores estão preocupados. Eu sou professora e também tenho filho em uma escola da rede municipal. Se os pagamentos forem efetuados iremos voltar e repor todas as aulas que ficaram faltando para concluir o ano letivo", falou.
Ao G1, a presidente do Sindicato dos Professores Municipais de Fartura do Piauí, Maria Selma Rodrigues, confirmou a situação e disse que o ano letivo de 2015 realmente não foi concluído. Apesar da confirmação, ela falou que não iria comentar o caso e não quis dar detalhes sobre o andamento da paralisação.
Ninguém da Secretaria de Educação do município foi encontrado para comentar sobre os atrasos salariais e o atraso no ano letivo.