Comandante critica ação de PMs e diz: "uso da arma é a última opção"
30/12/2017 08h00
O comandante da Polícia Militar do Piauí, Coronel Carlos Augusto, afirmou nesta sexta-feira (29) que o uso da arma em uma abordagem policial é a última opção a ser adotada pelo agente. O posicionamento à TV Cidade Verde é uma clara crítica ao modo como os PMs do 5º BPM atuaram na segunda-feira (25), quando atiraram no carro de uma família e mataram a menina Emily Caetano Costa.
“Temos uma formação básica para todos. Acionar o gatilho é a última opção, o que não aconteceu naquela ocorrência. Repito, acionar o gatilho é a última opção e não a primeira. Isso está sendo investigado”, afirmou o comandante.
Segundo ele, a PM tem 20 dias para fazer o inquérito e dar uma resposta à sociedade. Os dois policiais envolvidos na trágica ocorrência estão detidos no presídio militar.
“Encaminharemos para a justiça todos os elementos desse caso. A sociedade que paga esses agentes não espera que ele cometa arbitrariedade. Todos os casos de excessos foram e estão sendo apurados com rigor da lei”, afirma.
Carlos Augusto disse ainda ter orgulho da PM, mas que sente junto com a sociedade quando casos como o da Emily acontecem. “Nós temos famílias e ficamos abatidos quando alguém comete um erro que toda sociedade sente. Temos orgulho de comandar a instituição que está presente nos 224 municípios”, declarou.
Sobre as liminares que autorizam candidatos reprovados em testes psicológicos a ingressarem nos quadros da PM, ele disse que respeita o Judiciário e admite que muitos erros que acontecem hoje são fruto dessas decisões.
“Respeitamos o poder Judiciário. Chegou a decisão a gente cumpre mesmo que a gente discorde, principalmente quando se trata do exame psicotécnico. Em todos esses casos tem a discordância do Carlos Augusto. Eu acredito muito que alguns problemas que vivemos são por causa desses acatamentos”, finalizou.
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