Conclusão dos laudos de menina morta deve sair dia 15, diz delegado

05/05/2016 08h06

Fonte G1 PI

O delegado Luccy Keiko, gerente de policiamento metropolitano de Teresina, revelou ao G1 nesta quarta-feira (4) que a conclusão dos laudos sobre a morte da menina de 10 anos, suspeita de intoxicação e tortura em ritual, deve sair em 15 dias. Segundo ele, a perícia feita no corpo da criança deve apontar também quando ocorrreu o abuso sexual na vítima.

"A delegada Tatiana Trigueiro, titular do caso, vem tentando ao máximo agilizar o resultado dos exames feitos no corpo da menina e no líquido ingerido por ela. A informação repassada pelo IML [Instituto Médico Legal] é que os laudos devem ficar prontos até o dia 15 deste mês. Vamos aguardar, porque queremos apresentar um laudo final sem questionamento", contou o delegado.

Luccy Keiko explicou que com os laudos prontos, a polícia terá a definição da causa da morte da menina e há algumas respostas que faltam sobre o crime de abuso. Segundo o delegado, a partir dos resultados se pode determinar quem teve contato com a criança ou até mesmo identificar o suspeito do estupro de vulnerável.

"Enquanto o resultado da perícia não sai, não podemos excluir ninguém das investigações de abuso. A mãe já admitiu ter feito e dado a bebida, que possivelmente provocou a morte da criança, mas até isso será apurado. Mais de 20 pessoas foram ouvidas, entre familiares, vizinhos, médicos que atenderam a menina no hospital e pessoas do local onde eram feitos os rituais", contou Luccy Keiko.

Sobre o casos de torturas em outras quatro crianças, o delegado informou que as investigações vão acontecer junto com a Polícia Civil de Timon, no Maranhão, local onde acontecia os rituais. Caberá ao estado vizinho apurar a responsabilidade do salão de umbanda.

Luccy Keiko afirmou que a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) repassou nesta quarta-feira (4) todos os dados colhidos em Teresina para o delegado geral de Timon, George Tales.

"Vamos trabalhar em conjunto, até porque se comprovado a tortura dessas crianças cabe ao Piauí tomar alguma medida social de recolhimento delas para os abrigos. Os pais e as vítimas moram em Teresina, o que é de nossa competência", finalizou Luccy Keiko.