Conselho estima mais de 100 cidades do Piauà sem CoronaVac para 2ª dose
04/05/2021 15h09Fonte G1 PI
Imagem: Instituto Butantan/DivulgaçãoProduzida no Brasil pelo Instituto Butantan, CoronaVac é aplicada em massa em moradores de Serrana (SP).
Mais de 100 cidades do Piauí estão sem estoque para aplicação da segunda dose da CoronaVac, vacina feita em parceria Sinovac/Butantan, de acordo com levantamento feito pelo Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Piauí (Cosems). O levantamento ainda está sendo realizado e uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, nesta terça-feira (4), pode mudar este número.
"Esse número pode diminuir ou até aumentar, porque ainda estamos recebendo informações dos municípios. Nos próximos dias, pode variar muito. Mas nestas cidades, a aplicação de segunda dose com a CovonaVac está suspensa, porque não há estoque", disse Leopoldina Cipriano, vice-presidente do Conselho.
De acordo com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a interrupção é resultado da conduta de seu antecessor no comando da pasta, Eduardo Pazuello.
"[O atraso] decorre da aplicação da segunda dose como primeira dose", afirmou. "Logo que houver entrega da CoronaVac, [o problema] será solucionado."
A falta de doses da vacina fez com que várias capitais do país parassem a vacinação. Em Teresina, segundo a Fundação Municipal de Saúde, apenas a segunda dose para pessoas acamadas está sendo aplicada. A FMS informou que há a possibilidade de chegada de novas doses do imunizante ainda nesta terça (4).
Chegada de doses insuficientes
Na sexta-feira (30) e no último sábado (1º), o Piauí recebeu 4.800 doses da CoronaVac. Contudo, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), estas doses já estavam direcionadas a alguns grupos prioritários, como: 3% do grupo de trabalhadores da Saúde (2.255 doses) que estavam inclusos na pauta 13B, também a segunda dose de 6% (405 doses) das forças de segurança e salvamento e armadas.
Também chegaram mais 0,20% (11 doses) para segunda dose do grupo de forças segurança, salvamento e armadas. As vacinas do Instituto Butantan serão destinadas ainda, para primeira dose de 7,4% do grupo de força de segurança e salvamento.
Segundo a vice-presidente do Cosems, a quantidade era insuficiente para reiniciar a vacinação da segunda dose. Segundo ela, os municípios precisam de pelo menos 25 mil doses para dar continuidade à imunização de idosos.
Eficácia mesmo com atraso, segundo o Ministério da Saúde
Em uma nota técnica emitida no dia 26 de abril, o Ministério da Saúde informou que as segundas doses devem ser aplicadas mesmo se atrasadas, e garantiu que não há risco de ineficácia das vacinas caso sejam aplicadas com atraso.
“Por oportuno, informa-se ainda que é improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas covid-19 ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal. No entanto, atrasos em relação ao intervalo máximo recomendado para cada vacina (4 semanas - Sinovac/Butantan) devem ser evitados uma vez que não se pode assegurar a devida proteção do indivíduo até a administração da segunda dose”, diz a nota do Ministério da Saúde.
Na nota, o Ministério da Saúde afirmou ainda que novas remessas da vacina devem ser enviadas a todos os estados e Distrito Federal na primeira quinzena de maio, para garantir a vacinação completa, com as duas doses, dos grupos prioritários que já iniciaram a vacinação com a vacina Sinovac/Butantan.
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