Conselho propõe reajuste de 12% na tarifa de ônibus, mas prefeito tem poder de vetar
29/12/2017 08h35Fonte Cidadeverde.com
O superintendente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), Carlos Augusto Daniel Júnior, informou ao Cidadeverde.com que a decisão final sobre o reajuste da tarifa de ônibus e da passagem estudantil para 2018 é do prefeito Firmino Filho (PSDB). O Conselho de Transporte Coletivo de Teresina está reunido na manhã de quinta-feira (28) para decidir um valor técnico de reajuste, que será repassado ao prefeito. O reajuste deverá valer a partir de janeiro de 2018.O valor já anunciado é de R$ 3,71 para a tarifa integral e de R$1,18 para a passagem estudantil; o que quebraria um congelamento de cinco anos no valor cobrado aos estudantes. Para Daniel, não existem condições financeiras da passagem estudantil permanecer no valor de R$1,05.
Ele disse ainda que o reajuste no valor da passagem estudantil é que, devido a dificuldade financeira por qual o país passa, é “impossível a Prefeitura arcar com esses custos”.
“O reajuste é de um pouco mais de 12%. Esse reajuste é em razão do custo da operação do sistema. Então, para você operar o sistema a Prefeitura tem que pagar aos operadores um valor x, esse valor vai ser pago com mais ou menos passageiros, não interessa. O custo sistema é fixo”, contou o diretor da Strans, Carlos Daniel.
O aumento do combustível foi de 27% em 2017; de pneus foi uns 13%, o custo de equipamento com ar-condicionado foi 18% a mais, citou o superintendente.
Passagem Estudantil
Carlos Daniel explicou que a passagem estudantil não está congelada no valor de R$ 1,05. A permanência desse valor nos últimos cinco anos foi somente uma decisão do próprio prefeito.
“Não tava descongelada, o prefeito que tinha optado por manter a passagem em R$1,05, mas hoje não tem mais condições porque quando o sistema não arrecada, a Prefeitura é quem paga”, ressaltou.
“Se fosse possível com certeza o prefeito arcaria. Por isso, devemos dar uma planilha justa ao sistema. Nós temos que dar uma tarifa técnica ao prefeito porque ele quem vai decidir qual o valor que será. Quem decide a tarifa é o prefeito municipal, nós apenas apresentamos o custo técnico”, acrescentou Daniel.
O presidente do Setut, Marcelino Lopes, falou diretamente com os manifestantes e argumentou que o valor de R$3,71 não cobre os custos das operações.
"Eu estou reclamando que o valor 3,71 não cobre os custos do Setut. Para cobrir o custo o valor teria que ser de R$4,10. A prefeitura vai ter que arcar com a outra parte e ela não vem fazendo isso. Diante dessa situação, o setut faz o possível dentro de suas possibilidades", argumentou.
Alguns manifestantes realizaram um protesto em frente ao prédio da Strans, onde acontece a reunião. Ele são contrário ao aumento da tarifa.