Corregedor alerta que o governo não pode perder o controle dos presÃdios no PiauÃ
08/02/2017 13h35Fonte Cidadeverde.com
O corregedor-geral de Justiça, Ricardo Gentil, alertou que “não se pode perder o controle” sobre os presídios do Piauí e ressaltou que, diferentemente dos demais estados como Rio Grande do Norte, o poder público piauiense é bastante presente e possui domínio sobre as penitenciárias. Exemplo disso são as constantes vistorias realizadas nesses espaços.O destaque feito pelo corregedor sobre “não perder o controle” está relacionada a possível presença de facções nos presídios. Ele concedeu entrevista ao Acorda Piauí da Rádio Cidade Verde, na manhã desta quarta-feira (08).
“Existe uma crise profunda de autoridade no país. Apesar dessa constatação, que é de conhecimento de todos, não podemos perder a esperança. A gente observa que a Secretaria de Justiça comanda e deixa claro para os presidiários quem manda no presídio. Por isso, a gente se encontra em uma situação mais ou menos tranquila”.
Ele declarou ainda que a questão da criminalidade é bastante complexa. “As suas raízes são profundas e se encontram no desajuste socioeconômico e sociopolítico por qual passa o nosso país. A total falta de investimento, por exemplo, na educação, e a consequência é tudo isso que a gente assiste: o aumento cada vez mais violento da criminalidade, com cenas de barbárie”, comentou o corregedor.
Presos provisórios
Sobre a questão dos presos provisórios, o corregedor destacou que o “judiciário é acusado de possuir uma cultura de aprisionamento, que no Brasil se prende muito e que se prende mal”.
Ele explicou que o sistema busca aperfeiçoar o sistema prisional, pois assim como qualquer outra instituição, o judiciário também possui falhas a serem solucionadas.
“Particularmente, no Piauí, a gente tem desenvolvido desde o ano passado todo um trabalho no sentido ode revisar todas as prisões, principalmente, as provisórias. Desde novembro a Corregedoria baixou atos no sentido ode determinar a revisão pelos juízes. E teve uma força adicional de trabalho com o reforço de oito juízes auxiliares, atuando em varas com maior número de presos provisórios e, mais recentemente, reforçamos com mais quatro juízes”, explicou.
Gentil acrescentou que o objetivo não é somente revisar, mas também julgar em definitivo os processos.
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