Criados núcleos para apurar assédio moral e sexual contra mulher e LGBT

02/04/2015 08h42


Fonte G1 PI

Imagem: Marcelo CardosoClique para ampliarNúcleo reforça combate assédio na segurança pública.(Imagem:Marcelo Cardoso)Núcleo reforça combate assédio na segurança pública.

O Governo do Piauí anunciou nesta quarta-feira (1º) que as Corregedorias das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros passam a ter Núcleos de Pró-Equidade de Gênero e Raça, que tem como objetivo apurar ocorrências praticadas contra profissionais de segurança pública, mulheres e LGBT, quer seja por discriminação ou assédios moral e sexual.

A vice-governadora do estado, Margarete Coelho (PP), disse que não existem notificações de denúncias deste tipo, mas que isso não significa que não exista a prática. “O que não há é uma obstrução desses canais de comunicação, não há um espaço adequado para que essas mulheres se sintam, assim como o público LGBT, seguras e amparadas, e confiem que sua denúncia vai ser efetivamente apurada e os culpados realmente punidos”, disse.

Segundo a vice-governadora, as denúncias serão feitas em sigilos, assim como os depoimentos das vítimas serão mantidos em sigilo. "Não será feito o registro formal das denúncias delas. Não nos interessa saber quem eram aquelas profissionais da segurança pública. O que interessa é que se elas não tinham, agora vão ter um espaço adequado para denunciarem e para não precisar ficar no anonimato para fazê-lo. Saber que o Estado vai se responsabilizar pelo dano moral causado a elas, pelo dano, a diminuição da discriminação sofrida por elas”.

Para a delegada Eugênia Villa, idealizadora do projeto, a iniciativa vem a incorporar a política do Governo do Estado no sentido de promover o desenvolvimento humano, da mulher e da comunidade LGBT em todas as vertentes.

“A Secretaria da Segurança Pública nesse sentido vem promovendo inúmeras estratégias políticas de enfrentamento a eventuais discriminações em razão das relações de gênero. Relações de poder que se perpetuam em razão da dominação masculina, do sistema machista que coloca a mulher em situação de desvantagem. Nossa primeira providência foi instituir, no âmbito das três instituições de segurança pública, um núcleo de pesquisa em diagnóstico de situação de vulnerabilidade nas nossas instituições policiais",
afirmou.

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