Criminoso se passa por presidente do TJ-PI e aplica golpe em mulher por telefone

16/01/2020 14h54


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoBoletim de ocorrência registrado na delegacia. (Imagem: Reprodução)Boletim de ocorrência registrado na delegacia. 

Um criminoso, ainda não identificado, se passou pelo presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, o desembargador Sebastião Martins, e aplicou um golpe em uma mulher nessa quarta-feira (15). O suspeito pediu para a vítima o pagamento de custos e impostos referente ao seu precatório. O caso foi registrado na Delegacia de Crimes de Informática, em Teresina.

De acordo com o boletim de ocorrência, um suposto funcionário do tribunal entrou em contato com a mulher informando que o precatório estava com a guia de pagamento liberada e que ela teria que ligar para o desembargador.

A vítima entrou em contato e o criminoso, que se passou pelo presidente do TJ, alegou que ela receberia uma quantia de R$ 68 mil, porém, teria que realizar um depósito de R$ 5,5 mil para ocorrer a liberação do dinheiro.
Imagem: Arquivo PessoalComprovante dos depósitos.(Imagem:Arquivo Pessoal)Comprovante dos depósitos.

A mulher realizou dois depósitos, um de R$ 2,5 mil e outro de 2,9 mil. Entretanto, o precatório não foi creditado e, em seguida, ela se dirigiu para a Delegacia de Crimes de Informática, onde foi registrado o boletim de ocorrência e o golpe foi configurado como estelionato.

TJ não cobra por processos
Imagem: Reprodução/TV ClubeTribunal de Justiça do Piauí(Imagem:Reprodução/TV Clube)Tribunal de Justiça do Piauí

O presidente do TJ-PI informou que os criminosos entraram em contato com muitas pessoas pedindo o pagamento das custas processuais. Mas o desembargador Sebastião Martins reiterou que o precatório não possui custos e que o Tribunal não faz contato em relação a esses casos.

“Tem pessoas, estelionatários, ligando para os credores de precatórios dizendo para depositar dinheiro dos custos processuais. Em primeiro lugar, o precatório não tem custo, é de graça. Se a pessoa tem crédito precatório, o TJ não manda e-mail nem telefona”,
afirmou.