Crise: empresa pede falência e cancela mais de 100 formaturas
27/11/2018 07h35Fonte CidadeVerde.com
Imagem: Celebração EventosClique para ampliar
A empresa Celebração Eventos anunciou nesta segunda-feira (26) que pediu sua falência judicial. Com isso, ficam canceladas 108 festas de formatura programadas para ocorrer a partir da próxima semana até março de 2019 na capital e no interior do Piauí. A empresa garante que irá cumprir os contratos vigentes para eventos somente até a próxima sexta-feira (30).
Em sua publicação, a Celebração alega que" fatores econômicos externos e a alta inadimplência dos contratantes" provocaram um "colapso estrutural que levou ao encerramento das atividades". Segundo dados divulgados pela assessoria jurídica da empresa, cerca de 95% dos atuais contratantes estão inadimplentes gerando uma dívida de mais de um milhão e duzentos reais.
"Como 95% dos contratos estão inadimplentes, eles não poderão requerer que a empresa cumpra a parte dela pois eles já descumpriram a parte deles que foram os pagamentos. O código Civil não obriga a Celebração a cumprir se a outra parte já descumpriu. Com relação aos valores as pessoas terão que se habilitar e o juiz que vai presidir o processo é quem irá determinar se haverá indenização. Tanto os funcionários quanto os alunos estarão lá no mesmo processo de falência. Eles vão se habilitar na massa falida", informou o advogado da empresa, Menezes chaves.
O decreto de falência deve ser julgado até a próxima sexta-feira e segundo o advogado o juiz pode julgar por uma concordata ou uma recuperação judicial. "Devido a forte inadimplência não tem como ela cumprir os contratos, mas a empresa tem mais de R$ 1 milhão e meio para receber e eu acredito que o juiz possa considerar até uma recuperação judicial, mas não pela própria dona já que ela mesma está pedindo a falência", informou o advogado.
No dia 5 de novembro a empresa publicou em sua rede social que estava passando por auditoria nas suas contas após denunciar um golpe sofrido por um ex-funcionário. Segundo o advogado, a Polícia Civil está cuidando da investigação, mas alertou que o mesmo, já está empregado em outra empresa do mesmo setor. "Por responsabilidade social alerto que eles estão atuando em outra empresa de eventos daqui a pouco tempo pode haver outro rombo no mercado que foi o que eles deixaram hoje para a Celebração", completou.
A auditoria concluiu que dos 108 contratos a receber apenas 38% do valor total havia sido pago e apelas 22 turmas haviam pago mais de 60% do valor das parcelas.
Menezes Chaves acrescenta que levará uma cópia do relatório ao Procon, a OAB e ao Ministério Público para que sejam tomadas medidas contra os ex-funcionários acusados pelo golpe na Celebração.
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