Decisão da PM sobre capitão será enviada ao Palácio de Karnak nesta sexta (09)

09/02/2018 08h28


Fonte Cidadeverde.com

Imagem: Cidadeverde.comClique para ampliarAlisson Wattson do Nascimento(Imagem:Cidadeverde.com)Alisson Wattson do Nascimento

"Não há mais prazos, só providências".
Essa foi a declaração do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Carlos Augusto de Souza, em relação a decisão do Conselho de Justificação sobre a demissão do capitão Alisson Wattson do Nascimento, que confessou ter matado a namorada em outubro do ano passado.

"Em relação ao processo administrativo para sua permanência ou não na Corporação, isso é algo resolvido e ponto final. Aqui não se trata mais de prazo, só de providências. Vamos encaminhar ao poder executivo que vai encaminhar ao Tribunal de Justiça. Mas como disse: não há prazo mais para ser seguido; somente providências"


Segundo o comandante, o processo será encaminhado ao governador Wellington Dias ainda nesta sexta-feira (09).

"A decisão está tomada pela Polícia Militar. Vamos encaminhar o relatório ainda hoje, pois o governador é quem nomeia e é quem exonera. Não tenho nenhuma dúvida que nos próximos dias teremos a publicação no Diário Oficial da sua exclusão e encaminharemos para decisão da Justiça e transferência dele para o presídio comum",
disse o coronel.

O comandante destaca que os prazos processuais foram cumpridos e o resultado do Conselho de Jusitificação só foi anunciado agora devido ao recesso forense.

"Foram cumpridos todos os prazos, dado direito a defesa, o processo havia sido suspenso devido as férias forenses. Mas já está tudo resolvido. Ele [capitão] estava em um momento de folga e por isso responde por um crime comum. O caso foi encaminhado para o MP que denunciou a Justiça. Em relação a pena, a palavra está com a Justiça",
frisa.

Alisson Wattson está preso preventivamente e após a publicação da expulsão dele dos quadros da PM será transferido para o presídio comum.

Na quinta-feira (8), o Conselho de Justificação, decidiu pela expulsão do capitão Alisson Wattson do Nascimento, acusado de matar a namorada Camilla Abreu a tiros e jogar o corpo da jovem em um matagal na zona Sudeste de Teresina.

Seguno o comandante todos os processos em andamento na Polícia Militar envolvendo crimes graves estão sendo analisados.

Carlos Augusto disse que o conselho acompanhou todos os detalhes do inquérito e constatou que o capitão é culpado e não tem condições de permanecer nos quadros da PM.

"Ele será excluído da corporação e vamos pedi a sua transferência do presídio militar para um comum".


Com a decisão, o capitão deixa também de receber salário da corporação.

"Todos os casos graves estão sendo analisados. A Polícia Militar não pode aceitar esse tipo de comportamento. A PM é para proteger, a corporação trabalha com arma e é preciso ter limites", disse.

Carlos Augusto ressaltou ainda que o processo do capitão Allisson Watson foi feito ouvindo todos as testemunhas, o acusado e a defesa. Ele informou que a decisão só aconteceu agora porque houve o recesso no judiciário que atrapalhou o andamento do processo.