Desembargador dá 60 minutos para médicos do Piauí suspenderem paralisação

16/11/2021 14h42


Fonte G1 PI

Imagem: ReproduçãoMédicos em atendimento(Imagem:Reprodução)Médicos em atendimento

O desembargador Oton Mário José Lustosa Torres acatou o Dissídio Coletivo de Greve ajuizado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) e deu 60 minutos, a partir do momento da notificação, para o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) suspender a paralisação das atividades que acontece nesta terça-feira (16). A categoria informou que ainda não foi notificada oficialmente.

A paralisação da categoria reivindica a realização de concurso público, aplicação da progressão da carreira médica, além do pagamento do piso salarial definido pela Federação Nacional dos Médicos (Piso Fenam).

Em nota, a FMS que o novo piso nacional está em discussão. Já a realização de novos concursos é uma meta da gestão, mas não está programado para este ano. (Leia a nota completa no final desta reportagem) .

A Secretaria de Administração e Previdência do Piauí (Seadprev) também emitiu nota em que explica que por conta da pandemia de Covid-19 a Lei Complementar 173/2020 determina a não realização de concursos e aumento de salário de servidores públicos até dezembro de 2021. Ainda segundo a nota, uma reunião com a categoria foi marcada para quinta-feira (18). (Leia a nota na íntegra no final desta reportagem).

Paralisação prejudica atendimentos
Segundo a FMS, a realização de uma paralisação pelos médicos dificulta a prestação do serviço público de saúde para Teresina, já que a pandemia de Covid-19 ainda não foi controlada.

Por conta da paralisação programada, o Hospital Getúlio Vargas, o maior hospital da rede estadual de saúde reagendou para 14 de dezembro todas as consultas marcadas para esta terça. Segundo a direção, seriam realizadas 594 consultas no Hospital.

Médicos reivindicam direitos
A paralisação das atividades dos médicos foi decidida em assembleia extraordinária realizada na última quarta-feira (10). Durante o encontro, os membros discutiram a situação dos médicos que atuam junto à FMS, em Teresina, e a Secretaria Estadual de Saúde, Sesapi, em todo o estado.

De acordo com a categoria, o Simepi foi procurado por vários profissionais que relataram cortes em seus vencimentos. Além disso, os profissionais relataram problemas enfrentados nos vínculos de trabalhos precários, resultados de sucessivos processos seletivos - sem concursos - realizados por prefeituras e pela Sesapi.

Com o ato, foram suspensos atendimentos da rede pública de saúde, com exceção dos serviços de urgência e emergia. A categoria pede realização de concurso público e a aplicação da progressão da carreira médica, além do pagamento do piso salarial, que é definido pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Leia a íntegra da nota da FMS:

A Fundação Municipal de Saúde informa que o novo piso nacional da categoria ainda está em discussão. Com relação as progressões elas estão acontecendo a medida que o profissional tem o direito adquirido. Sobre a realização de concursos é uma das metas da nova gestão mas que não pode ser realizado este ano.

Leia a íntegra da nota da Seadprev:
A Secretaria de Administração e Previdência informa que as reivindicações do Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI) em relação ao Governo do Piauí se referem à realização de concurso público.

De acordo com a Lei Complementar 173/2020, determinando a não realização de concursos e aumento de salário para servidores públicos até dezembro de 2021 em razão da pandemia de COVID-19, o Governo do Piauí não pode realizar concursos ainda este ano.

A SeadPrev marcou audiência com o SIMEPI, na próxima quinta-feira (18), para a abertura de um diálogo com a categoria sobre a pauta.

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