Dom Miguel segue internado na UTI e quadro é estável
25/06/2018 13h23Fonte CidadeVerde.com
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A Arquidiocese de Teresina divulgou o boletim médico sobre o estado de saúde do arcebispo emérito Dom Miguel Fenelon Câmara, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HTI Sul, desde o último dia 03 de junho.
Segundo o boletim, o estado é considerado grave. Ele continua sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. A pressão está estável e é mantida com o auxílio de medicação. Apesar da gravidade, o quadro é estável.
Dom Miguel Câmara tem 93 anos e foi internado após contrair uma pneumonia. Ele foi arcebispo de Teresina durante 16 anos. No último domingo (24), o atual arcebispo Dom Jacinto Brito esteve no hospital dando a unção dos enfermos ao emérito.
Conheça um pouco mais de sua história:
Miguel Fenelon Câmara Filho nasceu no dia 4 de abril de 1926, em Quixeramobim, município do Ceará. Desde menino já queria ser padre e com apenas 12 anos ingressou no Seminário Menor de Fortaleza ordenando-se ao sacerdócio aos 23 anos, em 8 de dezembro de 1948. Estudou no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Fez pós-graduação em Roma, cursando Ciências Sociais na Universidade Gregoriana; e na Universidade Pro Deo, fez especialização em Ação Social e Opinião Pública.
Embora de origem cearense, revela grande amor ao Piauí, especialmente por Teresina. Foi padre no Ceará, atuando em paróquias do interior. Além de professor do Seminário Maior de Fortaleza, Bispo auxiliar da capital cearense e Arcebispo de Maceió. Nessas funções, dedicou a maior parte do seu tempo como homem consagrado.
Chegou a Teresina no ano de 1984 e tomou posse como arcebispo metropolitano em 6 de janeiro de 1985, desde então esteve à frente da Arquidiocese por 16 anos. Ao longo destes anos criou várias pastorais sociais como o primeiro Vicariato das Comunicações Sociais do Brasil com a finalidade de promover, articular e integrar os serviços de comunicação no âmbito de Igreja local.
O padre Tony Batista falou emocionado ao Jornal do Piauí de hoje sobre sua amizade com Dom Miguel. "É muito duro (vê-lo doente) porque no começo ele era meu bispo e estive sempre perto dele. Depois ele se tornou meu amigo e irmão e de uns 15 anos para cá se tornou meu filho. E não tem ninguém com quem ele converse tanto quanto eu. Mas a vida é assim e eu tenho certeza que ele vai receber a coroa da glória sem dúvida nenhuma", lamentou com lágrimas nos olhos.
Tony Batista destacou grandes ações que foram fruto do trabalho de Dom Miguel na capital. "A casa Maria Menina, que acolhe mulheres que engravidaram sem planejamento e fora de hora e que família não aceitou, foi ele quem essa casa e iniciou esse trabalho. A Casa de Zabelê
e o Centro Maria Imaculada, que é referência no estado em tratamento a hanseníase, também foi trabalho dele. O Lar de Misericórdia, que atende pessoas com câncer, e o Lar da Fraternidade, que se não foram criados por ele, tiveram iniciativa dele também", lembrou.
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