Durante audiência sobre crime, Anuxa diz temer por sua vida
23/11/2019 07h35Fonte Portalr10
Imagem: Divulgação
Anuxa Kelly Leide, de 34 anos, revelou que teme por sua vida, caso o ex-namorado Pedro Henrique Gomes saia do sistema prisional. A declaração foi dada durante Audiência de instrução e julgamento, realizada nesta sexta-feira (22). Anuxa é uma das vítimas do atropelamento que matou a sua amiga Vanessa Carvalho no dia 29 de outubro, quando elas saiam de um casamento na zona leste de Teresina.
“Eu temo, porque não sei o que se passa na cabeça dele”, disse ao ser indagada por advogados. Anuxa disse, em juízo, que nunca foi agredida fisicamente por Pablo, mas que, frequentemente, ele lhe deixava sozinha nos lugares, após discutirem verbalmente. Ela também negou que o então namorado tinha desafeto por Vanessa. "Se tinha, ele guardava para ele. Nunca me falou", disse.
Versão de Anuxa
Em depoimento ela contou que o ex-namorado bebia bastante durante a festa de casamento, local onde eles estavam antes do crime. Ela teria pedido para que ele “maneirasse” na bebida e entregou as chaves do seu carro para uma amiga, chamada Layara Ferreira.
Anuxa informou que o desentendimento começou depois que ela e Vanessa se levantaram da mesa para assistirem a chegada da noiva ao buffet. Outros desentendimentos aconteceram na pista de dança na festa. Na ocasião, os dois chegaram a dançar com outras pessoas.
Amiga também deu depoimento
Layara Ferreira afirmou na festa que viu Pablo xingar Anuxa de nomes pejorativos como "vadia e vagabunda".
Quando Anuxa decidiu ir embora no carro de Pablo ele teria saído correndo atrás do carro. Anuxa deu uma volta no quarteirão e voltou para a porta do buffet, momento em que devolveu as chaves para Pablo e saiu em direção ao carro de sua amiga, Layara.
A testemunha afirma que Pablo entrou no carro, acelerou e jogou o carro em cima de Vanessa e Anuxa, que estavam indo em direção ao seu carro. "As meninas voaram. Foi um choque muito grande. Eu desmaiei na hora", disse Layara.
Audiência
Outras testemunhas seguem sendo ouvidas durante a audiência que servirá para a Justiça decidir se o acusado será julgado pelo Tribunal Popular do Júri por feminicídio e tentativa de feminicídio.
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