Durante fuga, autor de chacina no PI pediu água e lençol a primo da vÃtima
31/10/2014 16h26Fonte G1 PI
As buscas por Clewilson Vieira Martins, suspeito de cometer uma chacina na tarde dessa quinta-feira (30) no povoado Palmeira de Cima, cidade de São Miguel do Tapuio, Norte do Piauí, continuam. Segundo a polícia que faz diligências desde a tarde do ocorrido, o assassino teria sido avistado no povoado Mendes, ocasião esta em que teria pedido um lençol, água e um isqueiro ao primo de uma das vítimas.De acordo com o delegado Laércio Evangelista, a polícia do Ceará também foi acionada para prestar apoio diante da suspeita do atirador ter fugido para o estado vizinho.
O boato de que a motocicleta usada por Clewilson durante a fuga teria sido encontrada abandonada em uma estrada ainda não foi confirmado pelas autoridades policiais, mas informações fornecidas pela própria policia sugerem que Clewilson Vieira teria sido visto no povoado Mendes ainda na noite passada. Durante a passagem pela localidade, o suspeito teria solicitado ao primo de sua esposa, a primeira vítima, que lhe fornecesse água, um lençol e um isqueiro.
“O foragido chegou a conversar com o primo da sua mulher, que no momento ainda não tinha conhecimento do crime. Ele nos disse que deu água, um lençol e um isqueiro para o suspeito, provavelmente para passar a noite escondido”, contou o primeiro-tenente da Polícia Militar da cidade Isenilson Cardoso.
Conforme o delegado , cerca de 50 policiais permanecem na região fazendo buscas. “Estamos nas buscas desde a madrugada, levantando informações e investigando os passos do suspeito. Agora contamos com cerca de 50 policiais, já montamos barreiras e pedimos apoio da polícia do Ceará para que nos ajudem caso ele empreenda fuga pelo estado ao lado”, contou o delegado.
Na cidade ainda permanecem homens do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Força Tática de Campo Maior e do Grupamento Tático Aéreo Policial (GTAP), mas mesmo com toda a segurança disponível, o clima entre os moradores ainda é tenso e o choque inicial pelas mortes ainda não foi superado pelos populares.
“O clima aqui é de tragédia e comoção, estão todos tristes e aparentemente inseguros. Nunca havia me deparado com uma situação assim. O povoado parecia mais um cenário de filme de guerra, com cadáveres espalhados em vários locais diferentes. Foi realmente uma tragédia”, admite o policial Isenilson Cardoso.