'É um anjo', diz pai durante missa de um mês da morte de vítima de estupro

08/07/2015 09h51


Fonte G1 PI

Imagem: Ronaldo Mota/PortalCastelo.comFamiliares e amigos se reúnem em missa de um mês de Danielly.(Imagem:Ronaldo Mota/PortalCastelo.com)Familiares e amigos se reúnem em missa de um mês de Danielly.

Ainda em luto pela morte de Danielly Rodrigues, de 17 anos, uma das quatro vítimas do estupro coletivo em Castelo do Piauí, familiares e amigos realizaram por volta das 17h desta terça-feira (7) a missa de um mês do falecimento da adolescente. A celebração religiosa aconteceu na Igreja de Nossa Senhora do Desterro, que ficou lotada de populares comovidos com a cerimônia.

Danielly morreu no dia 7 de junho, após não resistir aos ferimentos e passar por três cirurgias e transfusão. Ela passou 10 dias internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), sendo que cinco destes foram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Imagem: Ronaldo Mota/PortalCastelo.comClique para ampliarPais de Danielly Rodrigues se emocionam durante missa.(Imagem:Ronaldo Mota/PortalCastelo.com)Pais de Danielly Rodrigues se emocionam durante missa.

Antes da missa o pai de Danielly, Jorge Rodrigues conversou com o G1 e contou como tem vivido as últimas semanas após a perda da filha caçula, a quem ele hoje chama de 'anjo'.

"Conversava com uns amigos e familiares que vieram fazer uma visita de apoio, a quem agradecemos tanto por isso, e dizia o quanto é difícil. É como se tivesse arrancado um pedaço de mim. Mas tenho certeza que Danielly está do nosso lado sempre, porque hoje minha filha é um anjo e encontra-se do lado de Deus nos dando força", disse.

Antes de participar da missa, o pai contou ainda que entrou no quarto da filha e tocava nas coisas da garota, imaginando que ela não vai estar mais em vida para usar. Ele disse ainda que familiares e amigos se reuniram e visitaram o túmulo de Danielly no cemitério para acender velas.

Para o pai Jorge Rodrigues, tudo lembra a filha, especialmente quando chega em casa à noite.

"Sempre quando eu chegava em casa perguntava por ela. Nós jantávamos sempre juntos. Hoje tenho fotos dela em todos os lugares, no carro, no comércio. Jamais vou esquecê-la. A Danielly me ajudava demais. Era para mim o 'soldado da casa', uma princesa. Ali não tinha problemas com ela porque me ajudava demais", contou.

Durante a missa, fiéis colaboraram com o dinheiro da oferenda, que será destinado para a construção do túmulo de Danielly. No fim da cerimônia, o pai da vítima agradeceu o apoio dos moradores e da paróquia, que organizaram e custearam a celebração.

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Tópicos: missa, familiares, danielly