Empresa é vÃtima de hacker e culpa banco por prejuÃzo de R$ 100 mil
18/12/2018 07h40Fonte CidadeVerde.com
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A empresa piauiense BIOMAX, empresa de fornecimento de próteses médicas alega ter sofrido no último dia 28 de novembro, um prejuízo de mais de R$ 100 mil devido a falhas na segurança do serviço de internet banking do Santander, que é o ambiente bancário de operações online disponibilizado para correntistas.
Segundo o advogado da empresa, Gustavo Sepúlveda, o banco confirmou as transferências indevidas e também os beneficiários dos pagamentos, mas se recusaria a efetivar o reembolso. Ao Cidadeverde.com, o advogado Gustavo explica que a empresa teve sua conta hackeada.
"Nossa funcionária responsável por essa movimentação bancária recebeu uma ligação, na qual já a identificaram pelo nome, reforçando que tinham uma informação privilegiada e foi solicitada uma atualização de cadastro junto ao banco. Após colocação dos dados no site com domínio do Santander e finalização da operação de atualização do cadastro, um e-mail de pesquisa de satisfação com domínio do banco foi enviado com a finalidade de legitimar a ação. Em nenhum momento a funcionária falou quaisquer dado da empresa durante todo este processo", pontuou o advogado.
Ele explica que ao perceber os descontos indevidos na conta, a BioMax entrou em contato com o Santander, que teria confirmado o uso do domínio pelo hacker. O banco teria informado ainda de modo verbal que não haveria restituição do valor lesado. Segundo o advogado a instituição financeira recusou-se também a oferecer um documento probatório sobre o parecer.
"O Santander disponibilizou o número do IP do computador do hacker, mas não cedeu a localização de rastreio do mesmo para a empresa. Assim, a equipe de Tecnologia da Informação da Biomax descobriu que a operação de hackeamento não ocorreu dos computadores do grupo, mas sim, de fora", completou.
A Biomax responsabiliza, portanto, o banco Santander pela falta de segurança do seu serviço de internet banking e pelo consequente desvio de seus recursos depositados em conta. O advogado acrescenta que vários outros clientes empresariais e pessoas físicas do Santander têm sofridos golpes semelhantes e o banco se exime de qualquer responsabilidade.
"Não compreendemos o banco não querer nos fornecer um posicionamento por escrito acerca do ocorrido nem fornecer as gravações telefônicas realizadas. Ele também pecou na falta de agilidade e iniciativa para falar com os beneficiários dos pagamentos indevidos. Fomos nós que fizemos isso, então, é muita falha para uma instituição bancária”, destacou Gustavo Sepúlveda.
A empresa pretende ingressar com ação judicial para reaver a quantia perdida com o suposto golpe.
Santander responde
Em nota enviada ao Cidadeverde.com, o Santander esclarece que disponibiliza aos clientes ferramentas e mecanismos tecnológicos seguros e confiáveis para realizarem transações financeiras nos canais de relacionamento do Banco e sempre os orienta a adotarem as melhores práticas de segurança e prevenção a fraudes, como não fornecer dados, senhas ou códigos em ligações recebidas, e-mails, SMS e nos caixas eletrônicos, nunca aceitar ajuda de estranhos.
"Com relação ao caso em questão, o Banco esclarece que as informações de seus clientes são protegidas pelo sigilo bancário, e acrescenta que já entrou em contato com o cliente e prestou todos os esclarecimentos devidos”, informou o banco.
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