Empresário que torturou esposa é condenado a seis meses de prisão
18/05/2018 07h55Fonte Cidadeverde.com
O Ministério Público deve recorrer da sentença que condena um empresário a seis meses de prisão e multa de R$ 5 mil. Ele é acusado de ter torturado a esposa e a mantido em cárcere privado em Boa Hora, município a 137 km de Teresina. O crime ocorreu em dezembro de 2017 e teria durado cerca de cinco dias, começando após uma discussão na ceia de Natal no dia 24 de dezembro. As agressões ocorreram na filha de dois anos do casal."Ele bateu a porta do carro no rosto dela, deu vários chutes nela, a ponto de ela chegar a desmaiar. Depois jogou água para que ela acordasse e enrolou uma corda no pescoço dela. Quando chegamos lá na casa em que ela era mantida, a encontramos muito machucada", descreveu o delegado Renato Pinheiro que presidiu o inquérito.
O empresário do ramo de autopeças para motos foi preso em flagrante mas sua prisão foi convertida em preventiva. A vítima foi hospitalizada e, através de um exame de tomografia, foi constatada uma lesão no crânio.
O titular da ação é o promotor de Barras Silas Sereno, que está de férias, mas informou que tomou conhecimento da decisão. "Em 10 anos de Ministério Público eu nunca tinha visto algo parecido. Eu pedi a pena máxima por lesão corporal e a pena máxima seria dois anos. A juíza entendeu que não foi provado o cárcere privado", explica o promotor.
Seu substituto o promotor Glécio Setúbal informou que também tomou conhecimento da decisão, mas ainda não formalmente. Ele confirma que por não haver reconhecimento de todos os delitos a pena ao qual o réu foi condenado é pequena e que deve recorrer da decisão dentro do prazo estipulado. "Ainda não tomei ciência da decisão mas certamente iremos analisar e recorrer. O prazo para apresentar recurso é de cinco dias e até lá iremos recorrer".
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