Estado fará enterro de mais de 40 indigentes após pane nos equipamentos do IML
06/06/2016 11h07Fonte Cidade Verde
Imagem: Divulgação
O diretor do Departamento Técnico e Científico da Polícia Civil, Antônio Nunes, confirmou que o mau cheiro vindo do Instituto Médico Legal (IML), na zona Sul de Teresina, foi provocado por uma pane em duas câmaras frias. Ele explica que o problema não foi resolvido de imediato por atraso na equipe responsável pelo equipamento, comprado recentemente e que ainda está na garantia.
"É preciso entender que câmaras frias assim como outros equipamentos podem dar panes. Isso acontece em nossas casas e também no IML. Três câmaras frias, equipamentos que congelam corpos para não exalarem odores, queimaram e chamamos a empresa responsável pelas máquinas para consertá-las, uma vez que, os produtos ainda estão na garantia. Então, foram consertadas duas, porém a terceira não foi porque um dos técnicos não apareceu, vindo a ocasionar todo o problema. Diante disso, tivemos que pagar uma pessoa para consertar a geladeira. Agora vamos atrás da empresa para saber porque a situação não foi resolvida", disse Antônio Nunes.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o diretor não descartou a possbilidade de outras panes nos equipamentos, mas ressalta que o problema tem que ser resolvido com celeridade.
"O que não pode ocorrer é a gente passar tanto tempo esperando uma pessoa responsável pelo conserto da máquina, pois o serviço é essencial e causa um grande transtorno. Não podemos esperar pela boa vontade de um servidor dessa empresa. Não podemos nos eximir da responsabilidade, mas a culpa foi da empresa que não apareceu no dia marcado para resolver o problema com a máquina que está na garantia", reitera.
Nunes comentou ainda sobre a quantidade de corpos sem identificação que permanecem no IML. Os cadáveres- mais de 40- são de indigentes e não foram enterrados por falta de caixões. O diretor do IML, Janiel Guedes, disse ao Cidadeverde.com que há corpos que estão no local há um ano.
"A gente sempre pedia os caixões para a Sasc e eram comprados os caixões e enterrados os indigentes. Porém, o TCE passou essa responsabilidade para os municípios e os municípios disseram que isso não era de competência deles. No entanto, a compra dos caixões deve ser feita pelos municípios. Por isso, vamos oficiar os municípios novamente e até a PGE, se for preciso, para tomar providências. Até lá, a secretaria já disse que vai comprar de forma emergencial os caixões. Temos que resolver isso, mas pela lei, a responsabilidade é do município", enfatiza Antônio Nunes.
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