Estrela diz que equipamento para pouso com pouca visibilidade no Piauà não é obrigatório
08/02/2017 13h40Fonte Cidadeverde.com
A ausência de um equipamento fundamental para o pouso de aviões, no momento em que há pouca visibilidade, no aeroporto de Teresina, foi destaque no Acorda Piauí, da Rádio Cidade Verde FM 105,3 , na manhã desta quarta-feira (08).Em entrevista ao programa, o especialista em aviação, Wilson Estrela, que já foi superintendente do aeroporto local, comentou que o espaço é seguro e a inexistência desse equipamento, que vai de 1 ao 4, de acordo com o nível de segurança, não é imprescindível. É comum o fechamento dos aeroportos devido as más condições climáticas.
Esse equipamento chamado ILS-2 (sistema de pouso por instrumentos, na sigla em inglês) permitiria operações com visibilidade horizontal de 400 m e vertical de 30 m, que seria a metade do necessário para manobras com a versão mais simples do instrumento e que reina absoluta nos aeroportos brasileiros. O ILS gera uma imagem da pista para o piloto, permitindo manobras mesmo sem boas condições de visibilidade.
“A questão da inexistência desse equipamento no nosso aeroporto é que a prioridade desse equipamento para sua instalação se dá nos aeroportos internacionais, que é obrigatório. Se nós tivermos oito ou dez desses equipamentos instalados no país, nós temos muito. No nosso aeroporto é modesto e a incidência de fechamento é muito pequena, e isso incomoda quem está no voo e por algum impedimento não pode pousar”, explicou o especialista.
Wilson Estrela disse ainda que o fechamento ocorre por questões meteorológicas, mas é pequena. “A própria aeronáutica estabelece que só a partir de determinado número de fechamento é que é plausível a instalação para fazer o equilíbrio entre o custo e o beneficio da implantação desse equipamento, que custa por volta de U$15 milhões”.
Geralmente, as questões meteorológicas são mais incidentes no inicio do ano, janeiro e fevereiro, por conta do período chuvoso, e por questões de segurança o pouso não é liberado.
Torres
O especialista desmitificou o pensamento de quem acredita que um aeroporto só é seguro se tiver torre. “Isso é uma falácia, pois a torre em termos de comunicação entre terra e avião, nós temos uma torre de controle, e nela uma posição que se chama APP, que cuida dos procedimentos de aproximação da aeronave. Então até uma determinada distância do nosso aeroporto, do aeroporto de Fortaleza, do Rio Grande do Norte, são gerenciados por Recife e, só a partir de determinada distância que entra para o controle existente na nossa torre. Esse gerenciamento funciona em qualquer sala independe de estar em um lugar alto. É na tela do computador”.
Estrela comentou que os radares responsáveis por controlar diretamente de Recife tem potencial para observar os voos.
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