Evangelina Rosa deve descentralizar atendimento para evitar superlotação

14/12/2015 09h43


Fonte Cidade Verde

O diretor técnico da Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER), Joaquim Parente, em entrevista ao Notícia da Manhã desta segunda-feira (14), informou que a descentralização do atendimento é fundamental para evitar a superlotação da Maternidade. Uma audiência pública, prevista para quinta-feira (17) será realizada no Ministério Público para discutir a situação.

A falta de vagas nas enfermarias e unidades de tratamento intensivo (UTI) é uma das denúncias dos médicos da MDER. Para eles, a falta de estrutura apropriada atrapalha o atendimento de qualidade aumentando as chances de gestantes e bebês vir a óbito.

Imagem: Cidade VerdeEvangelina Rosa deve descentralizar atendimento para evitar superlotação.(Imagem:Cidade Verde)Evangelina Rosa deve descentralizar atendimento para evitar superlotação.


“Os médicos ficam impotentes de prestar um trabalho assistencial qualificado em ausência de espaço. Em algumas situações, temos as quatro salas de cirurgias todas ocupadas por falta de vagas nas alas e, por isso, se chegar uma paciente grave não temos como atender imediatamente. Isso angustia o médico e a gestante. Esse problema é desde 2012”, declarou o diretor.

Joaquim Parente acredita que a solução é abertura de novos leitos na rede municipal de saúde porque muitos dos casos de baixa complexidade não precisariam ser encaminhados para a Maternidade.

Imagem: Cidade VerdeEvangelina Rosa deve descentralizar atendimento para evitar superlotação.(Imagem:Cidade Verde)Evangelina Rosa deve descentralizar atendimento para evitar superlotação.

“A Evangelina Rosa é a única maternidade de referência nos casos de alta complexidade obstétrica. Portanto, a única que sempre deveria ter vagas disponíveis. No entanto, ela vive com pacientes que não deveriam ser assistidos por ela e, infelizmente, tem essa situação de superlotação. Isso é uma constante. Acreditamos que a solução para isso é a descentralização de atendimentos pela abertura de novos leitos em Teresina e no interior do Estado”, acrescentou o diretor.

De acordo com o Joaquim Ribeiro, somente ontem, 25 pacientes esperavam abrir vagas nas enfermarias. Atualmente, a maternidade realiza 1.150 internações, mas o quadro deveria ser preenchido com uma média de 700 a 800 internações.

Na semana passada, em menos de 24 horas, duas gestantes e dois bebês morreram na Maternidade Evangelina Rosa.