Falsário é preso ao se apresentar em quartel da PM como policial no PiauÃ
18/04/2014 09h00Fonte G1 PI
Um homem de 34 anos foi preso ao se passar por um falso policial na última quinta-feira (17), em Jaicós, a 366 km ao Sul de Teresina. De acordo com o capitão Lindomar Félix, Alexandro Brites, se apresentou na 3ª Companhia de Polícia Militar, como aspirante da corporação.“Ele estava vestido com o fardamento completo. O argumento dele era de que fazia parte da Academia Pré-Militar Independente do Brasil e estava na região para implantar um curso básico de formação de instrutores. Duvidamos e começamos a fazer várias perguntas para o homem”, contou o capitão.
Imagem: Danilo Bezerra/CidadesnanetVários documentos falsos foram encontrados com o falsário.
Ainda de acordo com Lindomar Félix, para não levantar suspeita, o falso policial usava o argumento de que o curso era feito em parceira com os batalhões dos municípios.
“Dessa forma ninguém iria desconfiar que o curso fosse falso. Depois de várias perguntas ele começou a entrar em contradição. A farsa durou pouco. Consultado o banco de dados do INFOSEG, rede que reúne informações de segurança pública dos órgãos de fiscalização de todo o Brasil, constatamos que Alexandro tem uma extensa ficha criminal, com passagens pela polícia nos Estados do Mato Grosso, Pernambuco, Sergipe e Ceará”, relatou o oficial.
Imagem: Danilo Bezerra/CidadesnanetClique para ampliarEstelionatário foi preso com fardamento completo da PM.
O capitão afirmou que o homem já vinha praticando o crime há bastante tempo.
“Com o falso policial, além das vestimentas, foi encontrada uma pasta com farta documentação, de origem duvidosa, broches, símbolos militar e pen drives. Segundo informou à polícia, além de Jaicós, o estelionatário já teria passado em outros dois municípios piauienses como Campo Grande do Piauí e Buriti dos Lopes”, destacou o militar.
Em depoimento à polícia, o falsário contou que sempre sonhou em exercer a profissão.
“Ele tem passagem por vários presídios e tinha mandados de prisão em abertos. Mas alegou que sempre sonhou em ser policial, só que da pior forma possível”, finalizou o capitão.
O suspeito vai responder pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento público e estelionato, e pode pegar até dez anos de prisão.