Falta de equipamentos atrasam cirurgias no Getúlio Vargas
06/11/2019 07h20Fonte Cidadeverde.com
Pacientes do Hospital Getúlio Vargas, em Teresina, reclamam da falta de equipamentos para realizar cirurgias. É o caso da aposentada Eunice de Paula que precisou realizar uma cirurgia no hospital para a retirada de uma bolsa de colostomia. Ela se mudou para o Rio Grande do Norte de onde teve que voltar após ser chamada na fila de espera.A implantação da bolsa fazia parte de um tratamento após uma verticulite, doença que afeta o intestino grosso. A aposentada já vinha de uma bateria de cirurgias em 2018 e a retirada da bolsa seria a última intervenção.
A falta de um equipamento para fixação de grampos para sutura quase impediu que Dona Eunice voltasse para a casa sem a bolsa. Ao entrar na sala de cirurgia, foi informada que a operação estava suspensa pela falta do grampeador. Ela já havia passado por um jejum e feito procedimentos de lavagem.
A Neta Milena de Paula, que acompanhava a aposentada, relatou a indignação que foi ver a avó desesperada. “Ver o desespero dela naquele momento era revoltante”, disse. O apelo de Dona Eunice foi tamanho que a equipe médica sugeriu fazer a sutura do procedimento à mão.
Burocracia
De acordo com levantamento feito pela TV Cidade Verde, a falta de equipamentos no HGV afetou também quem precisa das cirurgias de catarata, otorrino e até de transplantes. A causa está ligada a questões burocráticas de pagamento entre o Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh) e a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi).
Licitação
O diretor do hospital, Gilberto Albuquerque, garante que o material em falta já está sendo adquirido para os estoques. "Esses pregões estão sendo concluídos. Outros que eram licitação de insumos e alguns equipamentos específicos já foram concluídos e a empresa já forneceu e nós já estamos realizando essas cirurgias”, afirmou.
Sobre as lentes para as cirurgias de catarata, o diretor também assegurou a aquisição dos materiais. “Esse pregão já foi concluído e solicitado e a empresa já está fornecendo também”, concluiu.
O presidente da Fepiserh, Wenton Bandeira, reconheceu os atrasos sendo e disse que o problema está sendo sanado. “O governo encaminhou à Alepi o valor em subvenção social no valor de R$ 13 milhões para a fundação justamente para pagar esse déficit nos contratos e gestão”.
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