Família de jovem morto na Copa 2014 critica demora para elucidar o caso

25/06/2018 08h05

Fonte CidadeVerde.com

Temporada de Copa não tem euforia nem animação para os familiares de Ruan Pedreira Silva, 22 anos, morto nas comemorações da Copa de 2014, em um bar na Avenida Maranhão. Recentemente, a Delegacia de Homicídios anunciou que identificou o suspeito de ter disparado o tiro que acertou o jovem, mas a informação não tem dado sossego a família.

A prima de Ruan, Jaqueline Nobre, conta que conviver com a falta do jovem tem sido tarefa difícil para os familiares, sobretudo para o pai, que precisa de acompanhamento psicológico e toma remédios constantemente. A prima, afirma que a identificação foi bastante demorada e não foge ao que já foi cogitado anteriormente por testemunhas que estavam no local.

“Desde sempre esse cidadão era o que constava nos autos, até mesmo a namorada dele participou da reconstituição, então daí a gente percebe que teve um processo falho, reconstituição ruim, demora, ciranda de delegados. Quer dizer, filho de preto, de pobre e que não teve recurso financeiro pra buscar essa aceleração no processo”, afirma Jaqueline.

A apuração da Delegacia de Homicídios constatou que o suspeito de ter disparado contra o jovem foi Herlandio Miranda Coelho, que já tem passagem pela polícia por porte ilegal de armas. Para a família, a divulgação do suspeito não satisfaz pela demora e ineficácia da polícia em esclarecer os fatos. Mesmo assim, a resposta é aceita, uma vez que os familiares eram cobrados pela sociedade.

“Era isso que a gente queria, a gente não tem sentimento de vingança, a gente não espera que ele sendo preso vá trazer o Ruan de volta, a gente apenas quer uma resposta que a sociedade cobrava da gente. Por onde a gente passava perguntavam”, afirma.

Enquanto isso, os familiares seguem o período de Copa sem ligar a TV, mas esperam um resultado efetivo da Justiça. “Entregamos o caso do Ruan na justiça de Deus, e a gente espera que a justiça dos homens honre pelo menos os tributos e impostos que a gente paga como cidadão”, finaliza a prima.

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