Fechamento total do hospital do Dirceu II causa polêmica

11/01/2019 13h15


Fonte CidadeVerde.com

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarFechamento total do hospital do Dirceu II causa polêmica.(Imagem:Divulgação)

O Hospital do Dirceu II será fechado para reforma. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a obra será para solucionar problemas na estrutura física, incluindo as instalações hidráulicas e elétricas. Contudo, o fechamento tem gerado polêmica porque seria necessária a interdição total da unidade de saúde por seis meses.

A representante da Associação de Moradores do Itararé, Conceição Mendes, reconhece a necessidade de melhorias na estrutura física, mas é contra o fechamento total. Por mês são realizados cerca de 6 mil atendimentos na unidade de saúde.

"Não pode ficar do jeito que está, mas tem que existir outra alternativa que não seja o fechamento total. Queremos uma solução satisfatória pra população e pra direção. Com o atendimento sendo levado pra outro lugar, a comunidade perde muito. Hoje o atendimento já é precário, imagina fechando total. Vamos ficar de mãos atadas",
pontua a líder comunitária.

Na manhã desta sexta-feira (10), durante audiência pública convocada pelo Conselho Municipal de Saúde de Teresina, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), apresentou um relatório do diagnóstico realizado na estrutura do hospital. No documento consta que o fechamento parcial colocaria em risco a segurança.

"A reforma abrange obras estruturais como telhado, rede de esgoto, parte elétrica e adequação dos espaços físicos as normas da Anvisa. Quando chove, por exemplo, há muitas goteiras e infiltrações e a reforma é urgente. O hospital já tem 38 anos e quando foi feito as necessidades eram outras", explica Jesus Mousinho, diretora de assistência especializada da FMS.

Com o fechamento total, os profissionais de saúde do hospital serão lotados na UPA do Renascença para reforçar o atendimento. Pacientes internados serão transferidos para a UPA do Satélite, na zona Leste, bem como outros hospitais da rede municipal. Já os exames e vacinas deverão ser feitos nas Ubs do Grande Dirceu.

O presidente da FMS, Charles Silveira, diz que ninguém ficará sem atendimento.

"É óbvio vai que vai haver transtornos, mas não temos como fazer a reforma sem o fechamento total. Não temos outra solução"
, justifica Charles Silveira.

O promotor de Justiça, Eny Marcos, defende que a reforma do hospital é necessária. Contudo, o representante do Ministério Público diz que é contra o fechamento de qualquer serviço.

"Eu, particularmente, sou contra o fechamento de qualquer serviço. Medidas alternativas têm que ser pensadas. Vamos escutar o que a Fundação Municipal de Saúde vai apresentar através de seus técnicos de engenharia e arquitetura pra depois o MP se posicionar",
disse o promotor.

Ainda não há previsão para o início da obra. Uma nova reunião está marcada para o próximo dia 14.

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