Filas marcam reabertura de agências do INSS no Piauà após fim da greve
28/09/2015 13h42Fonte G1 PI
Centenas de pessoas compareceram cedo as agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Teresina à procura de atendimento. Longas filas marcaram o retorno dos analistas e técnicos na manhã desta segunda-feira (28), após o fim da greve que afetou 32 estabelecimentos no Piauí, sendo seis na capital e 26 no interior do estado.O ferreiro José Araújo, 54 anos, contou ter procurado três vezes o INSS no período da greve e nunca conseguiu atendimento. Mesmo sabendo que os peritos continuam paralisados, o trabalhador pretende marcar o exame para continuar recebendo o auxílio doença.
"Moro no povoado Gameleira, zona rural de Teresina, e cheguei às 7h20 para marcar a perícia, mas após quatro horas de espera ainda não fui atendido. Estou preocupado do prazo para renovação do exame expirar e eu perder o benefício. Toda a minha família depende do meu salário", contou .
Aldenora Rocha, de 82 anos, foi novamente na agência fazer a comprovação de vida para retirar a aposentadoria. Ela que sofre de insuficiência renal foi acompanhada da neta Tatiane de Jesus, mas novamente não conseguiu renovar o documento.
"Esquecemos a procuração. Agora vamos ter que retornar outro dia", lamentou.
Pela quarta vez, a doméstica Ivanilde Silva Santos procurou o INSS para resolver um problema simples. Ela espera resolver retirar um boleto de pagamento e apesar da demora, considerou o atendimento normal.
Imagem: Gustavo Almeida/G1Agência ficou lotada no primeiro dia de atendimento após a greve.
Normalização em 25 dias
O presidente do Sindicato Antonio Machado explicou que a categoria decidiu retornar ao trabalhos logo nesta segunda-feira (28) e comunicou a federação sobre a decisão tomada. “Eles disseram não ter problema em voltamos ao trabalho antes dos outros estados”, explicou.
No Piauí, os trabalhadores vão priorizar os casos mais urgentes e esperam normalizar o atendimento no máximo em 25 dias. Durante o período de greve, cerca de 15 mil pessoas deixaram de ser atendidas no estado.
Sobre as reinvindicações da categoria, Machado disse que o acordo estabelecido com o comando de geral foi satisfatório. “Conseguimos o que desejamos. A reposição salarial foi de 10,88%. Houve aumento no vale refeição e auxílio creche. As promoções acontecerão a cada 12 meses, enquanto antes ocorria a cada 18 meses, entre outros benefícios”, comemorou.
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