Foto do Instagram pode levar nova prisão de Moaci Júnior no caso Salve Rainha
22/06/2018 08h00Fonte CidadeVerde.com
Imagem: InstagramClique para ampliar
A advogada da família das vítimas dos jovens Bruno Queiroz e Francisco das Chagas Júnior, e do jornalista Jader Damasceno, do coletivo Salve Rainha, entrou com pedido de prisão preventiva contra Moaci Moura da Silva Júnior o acusado de mata-los em um acidente trânsito.
O pedido será analisado pelo Desembargador Sebastião Ribeiro Martins, da 2ª Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Piauí. O acidente aconteceu na Avenida Miguel Rosa em 26 de junho de 2016.
Segundo a advogada, Jaqueline Carvalho, o acusado não está cumprindo as medidas cautelares impostas para que ele possa responder em liberdade, e anexou no pedido uma foto de um stories do Instagram de um amigo de Moaci, em que este dizia a frase “Meu amigo véi vai fazer falta no Piauí”. O print foi feito por uma prima das vítimas nas redes sociais que diz ter sido publicada no dia 14 de abril deste ano.
Além disso, a acusação também acrescentou o relato de uma testemunha que viu Moaci em um bar, localizado em um posto de combustíveis, na zona sul de Teresina consumindo bebida alcoólica. A advogada afirma que as provas mostram que o acusado não está cumprindo as medidas, que incluem deixar de frequentar bares e casas noturnas, dirigir e fazer uso de bebidas alcoólicas em ambientes públicos e se ausentar da Comarca de Teresina sem autorização da Justiça.
“Diferente dos argumentos da defesa do Moaci naquele pedido de revogação, ele vem constantemente descumprindo as medidas cautelares. Inicialmente foi muito difícil, porque uma pessoa falava, outra falava, mas ninguém tinha provas. Essa legenda prova que ele iria sair do Piauí, que ia se ausentar da comarca de Teresina sem a devida autorização judicial”, disse a advogada.
A defesa de Moaci já havia pedido a revogação das medidas cautelares que restringiam o horário de saída do jovem, para que pudesse frequentar ambientes sociais no turno da noite, que foi indeferido pela Justiça.
A advogada da família também entrou com um mandado de segurança para tentar desconstituir a decisão do habeas corpus que pôs ele em liberdade e um pedido alternativo que pede o monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira.
“Por meio dessa medida nós temos como saber se ele está cumprindo as outras medidas, como se saiu do estado, se saiu fora do horário, fica mais fácil de se ter mais segurança, a sociedade e a família das vítimas”.