Gaeco deflagra operação contra fraudes em licitações
07/04/2017 09h13Fonte Cidade Verde
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta manhã(07) a operação Escoamento, que visa desbaratar uma organização criminosa de cartéis de licitações que atuavam em três cidades do norte do Piauí – Buriti do Lopes, Cocal e Bom Princípio -, cometendo crimes como lavagem de dinheiro, fraude em licitação, corrupção ativa e passiva. Dos 94 mandandos, 13 são de prisões que estão sendo cumpridos em Tianguá-CE.De acordo com o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão, as empresas do Ceará participavam de licitações diversos municípios sem ter a capacidade operacional para realizar os serviços. Estima que a fraude tenha rendido R$ 60 milhões à organização.
“Algumas empresas sequer tinham sede e, quando tinham eram casebres, e venciam licitações milionárias de obras públicas, locação de veículos e mão de obra. Elas atuavam de forma combinada com as outras empresas, que em tese, eram suas concorrentes”, explica o promotor.
Imagem: DivulgaçãoRômulo Cordão
As investigações iniciaram a cerca de um ano e quatro meses e estão sendo cumpridos 94 mandados ao todo, sendo 46 de busca e apreensão, 36 de condução coercitiva, 13 de prisão preventiva e cinco de sequestros de bens. A maior parte em cidades do Ceará, os presos são principalmente de Tianguá.
“O que mais chamou atenção era que os vencedores sacavam R$ 500 mil, R$ 300 mil em espécie, uma prática que hoje não se faz mais por conta da segurança, mas continuavam fazendo para facilitar na hora de ratear. Isso é mais uma prova de que as empresas são de fachada”, detalhou o Cordão.
Os crimes ocorriam supostamente nas três cidades piauienses e em mais no Ceará, entre elas: Ubajara, Tianguá, Viçosa.
Estão envolvidos na operação 219 profissionais entre eles 23 promotores de justiça do Piauí e Ceará, policiais rodoviários federais, além de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria Geral da União (CGU).
Os presos e conduzidos coercitivamente estão sendo levados para a sede do Ministério Público em Piripiri-PI e depois devem ser trazidos para a sede do Gaeco em Teresina. Uma coletiva será realizada em Teresina às 9 horas.
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