Governador do Piauà acredita que decisão tenta barrar candidatura de Lula
13/07/2017 09h49Fonte Cidade Verde
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT) acredita que a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem o objetivo de impedir a candidatura do petista em 2018. Assim como outros correlegionários, o piauiense acredita que a decisão será revertida em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal (TRF).Imagem: DivulgaçãoClique para ampliar
"A decisão contribui, por exemplo, para não permitir que o presidente Lula possa ser candidato numa eleição de 2018. Nesse processo, como é em primeira instância, temos todas chances de ter o cumprimento da Constituição e da lei e em instâncias superiores", disse o governador do Piauí.
De Brasília, o deputado federal Assis Carvalho (PT-PI) também acredita na reversão da sentença do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal, em Curitiba.
"Temos a convicção de que isso será alterado na instância seguinte. Até porque tem sido essa posição que vem se manifestando nas ações que estão na instância superior. Delação por si só não é razão para condenação", desabafa Carvalho.
Em Teresina, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) disse que o magistrado cometeu um errro.
"Como tudo na vida tem contradição, ele (juiz) cometeu um erro. Fez uma sentença baseada na opiniao deles e não em fatos reais. Lula não recebeu o triplex, não é dono de triplex. A chácara é de um amigo dele. Se cada ex-presidente tiver que explicar pro juiz em que chácara vai passear no fim de semana, eles que botem uma segurança atrás do Fernando Henrique, do Fernando Collor, para saber onde eles passam o fim de semana. Isso é um absurdo", disse João Pedro Stédile, coordenador nacional do MST.
Decisão de Moro
O ex-presidente Lula foi condenado, nesta quarta-feira (12), a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá. A sentença é a primeira contra o petista no âmbito da Lava Jato. Caso a condenação seja confirmada em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal (TRF), Lula poderá ser preso e pode ficar inelegível. O tribunal leva, em média, cerca de um ano e meio para analisar as sentenças de Moro. Lula pode recorrer.